Butantan terá 10,8 milhões de doses da CoronaVac até o fim de dezembro
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (21) que o Instituto Butantan terá um total de 10,8 milhões de doses da CoronaVac até o dia 31 de dezembro.
Este quantitativo será alcançado com o recebimento de 7,5 milhões de doses nos próximos dias, em três voos vindos da fábrica da parceira do Butantan, com o laboratório Sinovac, em Pequim, na China. O maior lote chega a São Paulo na quinta-feira (24), véspera de Natal, com 5,5 milhões de doses.
“São Paulo recebe, na véspera do Natal, mais 5,5 milhões de doses da vacina do Butantan, representando o maior lote já desembarcado no Brasil”, afirmou o governador. “Com isso, São Paulo terá até 31 de dezembro, ainda este ano, 10,8 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 em solo brasileiro”, acrescentou Doria. O Plano Estadual de Imunização começa no dia 25 de janeiro.
“[O novo lote de matéria-prima] chegará em mais um voo vindo da Sinovac, em Pequim, representando o maior lote de vacinas já desembarcado no Brasil. E também no continente latino-americano”, afirmou Doria em coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta segunda-feira (21).
Em seguida, no dia 28, serão mais 400 mil. O último carregamento do ano, de 1,6 milhão chega no dia 30.
O pedido de registro definitivo e autorização de uso emergencial da CoronaVac será apresentado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na quarta-feira (23), junto com solicitações ao órgão regulador chinês. Na última semana, o governo federal incluiu a vacina do Butantan no Plano Nacional de Imunização. O governo paulista ainda aguarda o pedido formal por escrito para a disponibilização das vacinas para o Ministério da Saúde.
“O estudo clínico foi encerrado com mais de 13 mil participantes incluídos e os dados desse estudo foram então submetidos à análise que envolve a decisão, vamos dizer assim, a recomendação final e apresentação dos dados pelo comitê internacional”, disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
A Anvisa estipulou um prazo de dez dias para dar um parecer sobre o uso emergencial. Já o registro sanitário é mais demorado.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, lembrou que o acordo com a Sinovac foi assinado em 10 de junho e ressaltou a velocidade com que a vacina já está disponível.
“Passados seis meses, temos vacinas sendo produzidas, temos vacinas em estoque para atender o Brasil. Anunciei por várias vezes, às vezes com descrédito de muitos que nos assistiam, que esta poderia ser a primeira vacina do Brasil. Felizmente, acho que acertamos e estamos muito próximos de ver essa vacina ser usada em massa pela primeira vez aqui no Brasil.”
O governo de São Paulo também vai iniciar uma série de 27 pregões para a compra de 100 milhões de seringas e agulhas.
O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, garantiu, no entanto, que São Paulo tem cerca de 21 milhões seringas destinadas para iniciar a campanha de vacinação prevista para 25 de janeiro.
AUMENTO DAS MORTES
O estado de São Paulo registrou aumento de 54% no número de casos positivos de Covid-19, nas últimas quatro semanas. O número de óbitos pela doença aumentou 34% em todo o estado, no mesmo período.
Com esses dados alarmantes, Doria convocou nova coletiva para terça-feira, 22, após reunião do Centro de Contingência em que poderão ser definidas novas ações de contenção da Covid-19, enrijecendo medidas restritivas no próximo período.