Bush tropeça e diz “invasão do Iraque foi brutal”, ao criticar Rússia
Falando em Dallas na quarta-feira (18) em um evento organizado pelo Instituto que leva seu nome, o ex-presidente George W. Bush levou a plateia a risadas ao, no intuito de condenar a ‘invasão russa da Ucrânia’, acabar se entregando dizendo que era a “decisão de um homem de lançar uma invasão totalmente injustificada e brutal do Iraque… ops, Ucrânia”.
Segundo a psicologia, mais um típico ato frustro, que o carniceiro do Iraque e do Afeganistão, oficializador da tortura durante seu mandato e criador do campo de concentração de Guantánamo não teve como evitar.
Ele tentou atribuir o ‘deslize’ à idade, dizendo ter “75 anos”, antes de continuar em sua peroração em que chamou o chefe do regime neonazista de Kiev, Volodymyr Zelenski, de “Churchill do século 21”.
Sobre isso, é interessante relembrar a famosa frase do grande Ulysses Guimarães de que “era velho, não velhaco”.
Durante o governo de W. Bush, o Iraque foi invadido e destruído pelos EUA, no ataque que os próprios invasores denominaram de “choque e pavor”, sob a mentira da existência de ‘armas de destruição em massa de Saddam’, o presidente que, aliás, foi executado após um julgamento farsa. Washington também impôs uma ‘constituição’ escrita pelo Pentágono.
Sob W. Bush, também houve o ataque a Falluja, um massacre terrível, e o escândalo da tortura em Abu Graib. Milhões de iraquianos viraram refugiados; a infraestrutura do país foi destruído, os campos de petróleo foram assaltados pelas petroleiras norte-americanas. Foram centenas de milhares de mortos.
Como relatou o general Wesley Clark, o ataque ao Iraque era o início de um plano para invadir e devastar sete países árabes em cinco anos.
Dubya – um dos seus apelidos, com base na pronúncia texana das iniciais do seu nome (G, W), para diferenciar de Bush Sênior – também teve o desplante de atribuir à Rússia, para a decisão de desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia, e deter a expansão da OTAN a leste, uma suposta “falta de pesos e contrapesos”. Isso, de parte de quem assinou, talvez até sem ler, a Lei (anti)Patriótica, que violava abertamente a Constituição dos EUA descartando liberdades individuais.
Também foi de W. Bush a assinatura na decisão de rasgar o tratado ABM, que limitava a um sistema antimíssil a cada uma das duas superpotências nucleares, e que era a pedra angular do sistema de segurança estratégica internacional, ao impedir na prática que algum lado pretendesse ‘decapitar’ a força nuclear estratégica do outro lado, isto é, pretendesse ser possível vencer uma guerra nuclear, graças a um ‘primeiro ataque’. Seu governo também apostou na ampliação a leste da OTAN, contribuindo também por aí para a atual crise.