Apesar do criminoso bloqueio reforçado pelos Estados Unidos com a administração Trump, Cuba está mantendo e ampliando suas brigadas médicas combatendo o coronavírus em 37 países, contribuindo para que seus sistemas de saúde não entrem em colapso.

Nos últimos dias, com o agravamento do risco da pandemia, a Ilha decidiu priorizar o envio de médicos, enfermeiros e técnicos de laboratório à Itália, Andorra, Venezuela, Nicarágua, Suriname, Jamaica, Dominica, Belize, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Nevis. “Conheço a posição dos Estados Unidos, mas somos um país soberano e podemos escolher os parceiros com o que vamos ter colaboração”, afirmou María Ubach, ministra do Exterior de Andorra, agradecendo a contribuição cubana.

Na contramão, cedendo às pressões norte-americanas, milhares de médicos cubanos que trabalhavam nas regiões mais carentes do Brasil, Equador e Bolívia retornaram para casa em 2018 e 2019, e agora tais países começam a sentir os estragos multiplicados pelo Covid-19.

No último domingo, a pequena ilha de Barbados recebeu uma brigada do contingente Henry Reeve, especializado em situações de Desastre e Graves Epidemias, composta por 101 enfermeiros, 95 mulheres e seis homens, integrada inteiramente de graduados em Enfermagem.

Frente às constantes chantagens feitas por Trump contra a solidariedade, a ex-negociadora de Cuba com os EUA, Josefina Vidal, atual embaixadora da Ilha no Canadá, disse que “deveria dar vergonha” tal comportamento. “Em lugar de atacar Cuba e os seus médicos comprometidos deveriam estar preocupados com os milhares de estadunidenses doentes que sofrem e morrem devido ao seu escandaloso governo e à incapacidade de seu sistema de saúde falido para cuidá-los”.

Desde 2005, brigadistas da Henry Reeve viajam aos locais em que são mais necessários, combatendo os efeitos das trágicas inundações na Guatemala ou do catastrófico terremoto no Paquistão. Sua participação de maior envergadura, reconhecida inclusive pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi durante o surto de Ebola na África em 2014.

O respaldo cubano, particularmente às nações pobres, é em muitas vezes gratuito, porém em outras é cobrado, em parte para o pagamento dos profissionais e outra para o orçamento nacional, vítima de um criminoso bloqueio praticado pelos Estados Unidos.

Henry Reeve é o nome de um soldado norte-americano que lutou pela independência de Cuba onde conquistou a patente de General de Brigada do Exército Libertador por sua bravura. A brigada reforça o sentimento internacionalista, solidário e humanitário, defendido e praticado pelo comandante Fidel Castro, que tornou a saúde universal, pública e gratuita na Ilha.