Na quinta-feira (28), o Brasil teve o terceiro maior número de novas mortes por Covid-19 registradas em um intervalo de 24 horas de toda a pandemia. Foram notificados 1.439 novos óbitos causados pela doença no país.

A diferença de óbitos em 24 horas é a maior desde 29 de julho, quando foi registrado o recorde de novas mortes entre um dia e outro: foram 1.554. O segundo número mais alto foi computado em 4 de junho, com 1.470. Isso não indica quando as mortes de fato ocorreram, mas, sim, a data em que passaram a constar dos balanços oficiais.

A média de mortes nos últimos sete dias, 1.064, também é a maior desde 4 de agosto, quando foi de 1.066. É o oitavo dia seguido em que o país apresenta média móvel de mortes acima de mil.

A variação na comparação com 14 dias atrás foi de 10%, o que representa estabilidade, ainda que em números muito altos.
De ontem para hoje, houve 60.301 diagnósticos positivos para o novo coronavírus; são 9.060.786 infectados desde o começo da pandemia.

O país também atingiu a marca de 1,5 milhão de vacinados contra a Covid-19. No total, 1.509.826 pessoas já foram imunizadas até o momento, de acordo com informações fornecidas pelas secretarias de saúde de 22 estados e do Distrito Federal.

EMERSON JÚNIOR

Um dos óbitos ocorridos nesta quinta-feira causou grande comoção nas redes sociais. Após ficar nove dias internado por complicações do coronavírus, morreu nesta quinta-feira (28), em Manacapuru, localizado a 100 quilômetros de Manaus, o paciente Emerson Júnior, de 30 anos.

O homem era portador de Síndrome de Down, e por conta do alto número de infectados procurando os hospitais, ele ainda esperava por um leito em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), porém, sem sucesso.

Emerson deu entrada no dia 20 no hospital de campanha do município de Caapiranga com sintomas da Covid-19. Na madrugada da terça (26), a situação ficou pior, e ele teve uma parada cardíaca, tendo sido levado às pressas para Manacapuru, cidade-polo da região.
Lá, Emerson foi entubado e estava internado. A cidade, porém, também não tem UTI.

A vítima chegou a protagonizar uma foto emocionante no último domingo (24) ao receber um abraço do enfermeiro Raimundo Nogueira Matos enquanto recebia oxigênio.

“Em Manacapuru, onde ele estava, pelo agravamento, era necessário aguardar estabilizar para transferir. Já tinha um leito certo de UTI, em Manaus, para transferência. E hoje, à 1h da manhã, ele estava com situação boa. Agora pela manhã estava saturando 98%, mas agora informaram que ele faleceu”, afirmou o enfermeiro.