Brasil de Bolsonaro tem 62,37 milhões de inadimplentes
O Brasil do governo Bolsonaro tem 62,37 milhões de consumidores (pessoa física) inadimplentes, o que significa que de cada dez adultos 38,68% estavam negativados em maio de 2022. Em termos de participação, a maior parte das dívidas das pessoas físicas inadimplentes é com os bancos (58,48%), o que revela que os brasileiros – depois de terem se endividado no cartão de crédito para comprar, inclusive, comida devido à carestia – não estão conseguindo arcar com os custos dos altos juros praticados no país.
Fixada em 13,25% na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a atual taxa de juros básica do país, a Selic, é a mais elevada desde dezembro de 2016. A política de juros altos praticada pelo Banco Central vem sendo criticada por economistas que consideram que ela tem efeitos perversos sobre a atividade econômica, em um momento em que o país ainda tem quase 12 milhões de pessoas desempregadas. Além disso, esta política vem se mostrando ineficaz no controle da inflação: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permanece acima de dois dígitos em 12 meses.
Na Análise de Inadimplência Nacional de Pessoas Físicas, realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), aparece seguida das dívidas com bancos a inadimplência com o comércio (13,69%), as contas de água e luz (11,12%) e de comunicação (9,37%).
Em maio de 2022, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de bancos (20,16%) e água e luz (7,01%). Em outra direção, tiveram uma leve queda as dívidas com o setor credor de comunicação (‐10,11%) e comércio (‐4,70%).
O volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 5,81% no mês em relação ao mesmo período de 2021. Em relação a abril de 2022, o número aumentou em 0,80%. Na soma de todas as dívidas, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.564,82 para 1,89 empresas credoras, em média. Porém, mais da metade das dívidas (50,32%) é de até R$ 1.000.
Tempo de atraso
O estudo mostra que cresceu o número de negativados com contas em atraso ‘entre 91 dias a 1 ano’ (44,73%), seguido de pessoas com débitos em aberto ‘de até 90 dias’ (10,43%). O atraso médio das contas dos brasileiros é de 2 anos, 2 meses e 24 dias.
Quando avaliado a faixa etária das pessoas inadimplentes, a pesquisa mostra que a maior parte tem entre 30 e 39 anos (24,04%), na sequência aparecem aqueles entre 40 e 49 anos (21,06%). A idade média de um devedor em atraso no Brasil é de 44 anos. Com relação ao sexo, mulheres representam 50,80% dos casos e homens, 49,20%.
Com informações do portal da CNDL