Bolsonaro zomba do país e dança na praia com o povo faminto
O Brasil inteiro está preocupado com os graves problemas que afligem a população. Um deles é a vacinação das crianças contra a Covid-19. Afinal, elas não estão ainda vacinadas e, portanto, estão vulneráveis ao vírus.
As crianças podem até não apresentar quadros graves, mas, segundo os especialistas, são transmissoras e têm uma alta taxa de mortalidade. Já morreram 1.148 crianças de 0 a 9 anos da doença desde o início da pandemia, segundo o SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade). São 1.600 menores de 18 anos que perderam a vida na pandemia. A Covid matou mais crianças no país que doenças com vacina em 15 anos, informa levantamento feito pela Fiocruz.
Mas, Bolsonaro não demonstra nenhuma preocupação com as crianças. Ao contrário, está dançando e zombando do povo na praia em plena segunda-feira de trabalho. Diferente da maioria do país que trabalha a semana inteira, a expectativa é que o chefe do Executivo só retorne a Brasília na próxima sexta-feira (23).
Aliás, com seu funk, ele não só revela seu desprezo para com a saúde das crianças, pois, mesmo na praia, ele continua defendendo intensamente que menores de 11 anos não sejam vacinados.
Além de ser contrário à imunização das crianças, Bolsonaro ainda ficou com revoltado porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso da vacina da Pfizer em menores e 11 anos. O ‘capitão cloroquina’ chegou ao cúmulo de ameaçar publicamente os servidores da Anvisa por terem autorizado a vacinação infantil.
Nesta segunda-feira (20), a agência informou ao governo, à PGR e ao Ministério da Justiça sobre o alto risco de violência. Os ataques se intensificaram nas últimas 24 horas, após Bolsonaro fazer ameaças em sua live de quinta-feira (16). A Anvisa informou no domingo (19) que, após a intensificação de ameaças de violência contra seus diretores e servidores, expediu ofícios reiterando pedidos de investigação e de proteção policial aos seus funcionários. O documento é assinado pelo diretor-presidente, Antônio Barra Torres, e outros quatro diretores.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que deveria zelar pela saúde dos brasileiros, resolveu, para agradar o “chefe”, retardar ao máximo a posição do órgão sobre o início da vacinação. Ele disse que “a pressa é inimiga”. Ele e Bolsonaro, realmente, não estão com a mínima pressa. Se depender deles, não haverá vacinação das crianças. Porém, o Supremo Tribunal Federal (STF), mais uma vez, foi acionado contra mais essa sabotagem de Bolsonaro e deu 48 horas de prazo para o governo apresentar um plano de vacinação das crianças.