Em meio à alta da inflação e à corrida para assegurar o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, o presidente da República, Jair Bolsonaro, tem outras prioridades. Nesta quarta-feira (9) ele anunciou, em suas redes sociais, que a Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculada ao Ministério da Economia, zerou a alíquota do imposto de importação de revólveres e pistolas.

Acompanhada de uma foto em que Bolsonaro aparece empunhando uma arma em um stand de tiros, a postagem gerou uma enxurrada de críticas, inclusive de apoiadores do governo.

Twitter

“A isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, promessa sua de campanha, até hoje você não fez. Canalha! Espero que seja escorraçado da política junto com os vermes que te cercam”, afirmou um internauta identificado como Fernando Freire Jr. via Twitter.

“Tem alguma pauta que melhore e vida do povo ou são só essas futilidades mesmo?”, questionou outra, identificada como Izabelita Santos.

Facebook

O presidente também foi alvo de críticas em seu perfil no Facebook, rede social onde costuma receber mais manifestações positivas do que negativas. “Pensei que seria a chegada da vacina em 1º de janeiro de 2021. Mas realmente precisamos mais de armas do que de vacinas”, ironizou Dalvina Hudson Vieira Saldanha.

“O povo quer comprar sua cesta básica que está um absurdo, tudo aumentou. O gás está mais caro, a conta de luz. As pessoas estão morrendo por causa da Covid. Será que todos os países sairá (sic) na frente do Brasil? Vergonha”, escreveu Thiene Renata.

Bolsonaro fez um acréscimo à postagem, afirmando que o governo também zerou impostos de produtos relacionados ao combate à Covid-19 e do arroz, soja e milho. Citou também a diminuição de impostos sobre games e brinquedos. Mesmo assim foi cobrado.

“Acho que o senhor não costuma fazer compras, já viu o preço do arroz? Dos computadores? Da carne? Se o senhor zerou imposto destes produtos, então tem alguma coisa errada, pois esse desconto não está chegando para o povo”, replicou Deverson Sartori. “Senhor presidente, você está fazendo tantas coisas para todos ter (sic) armas, e o arroz, feijão, carnes, material de construção, serralheria dobrou de preço. Só o senhor mesmo para não ver isso”, disse Robson Sandra.