Bolsonaro vetou, nesta sexta-feira, 15, a ampliação do auxílio emergencial de 600 reais para
diversas categorias em maior vulnerabilidade durante o período de pandemia do novo
coronavírus.
A sanção do projeto com os vetos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e assinada
pelo presidente e os ministros da Economia, Paulo Guedes, da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e da
Mulher, Damares Alves.
Bolsonaro retirou da Lei o dispositivo que ampliava o auxílio emergencial para categorias como
garçons, motoristas de aplicativos e escolares, caminhoneiros, diaristas, artistas, ambulantes e
manicures. Também foram excluídos os trabalhadores rurais como agricultores familiares,
pescadores profissionais e artesanais, silvicultores, técnicos agrícolas, entre outros que teriam
direito ao auxílio emergencial pelo projeto aprovado pelo poder Legislativo.
Como justificativa, o Planalto alegou que “a proposta de lei feria o princípio da isonomia por
privilegiar algumas profissões em razão de outras” e também apontou que o Congresso não
especificou qual seria a origem da verba nem o impacto do aumento de despesa nas contas
públicas.
“Bolsonaro demorou cerca de 1 mês para sancionar nosso PL que amplia o auxílio emergencial.
Não satisfeito com a demora, trouxe vetos injustificáveis! Negou o benefício de R$ 600 a
pescadores, motoristas de aplicativos, taxistas, e muitos outros. Vamos lutar para derrubar
esses vetos!”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em suas redes sociais.
Foi vetada também a possibilidade de pais solteiros e chefes de família receberam o dobro do
auxílio. Pelas normas, apenas mães chefes de família conseguem receber os R$ 1.200 do
auxílio emergencial, agora ampliado para mães menores de 18 anos.
“Impressionante a maldade que norteia Bolsonaro. Veta quase na totalidade um projeto que
beneficia quem tanto precisa, como os trabalhadores da cultura, esporte, pescadores, taxistas,
mototaxistas e vários outros. Derrubaremos o veto!”, disse o deputado federal André
Figueiredo (PDT-CE).
A deputada federal, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que “Bolsonaro zomba do povo
brasileiro! Vetou pelo menos 50 categorias que passam fome hoje e poderiam receber a renda
emergencial! Excluiu garçons, artistas, motoristas de aplicativo e até pescadores! GOVERNO
QUER QUE MORRAM!”

Apesar de já estar em vigor após a sanção, os vetos devem ser analisados pelo Congresso, que
pode derrubá-los ou mantê-los.