The President of Brazil, Jair Bolsonaro attends the Official Opening of the Brazil 2019 Investment Forum at the WTC Events Center in Sao Paulo, Brazil on October 10, 2019. The event highlights the investment opportunities in strategic sectors of the Brazilian economy, such as infrastructure, energy, agribusiness, technology and innovation. (Photo by Aloisio Mauricio/Fotoarena/Sipa USA)(Sipa via AP Images)

Com dores abdominais e uma crise de soluço que se arrasta há 13 dias, o presidente Jair Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, na madrugada desta quarta-feira (14) e já realizou uma série de exames. Como segue internado, ele cancelou a agenda de hoje, incluindo a reunião que estava prevista entre o comando dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo.

O encontro com os presidentes da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, estava prevista para 11 horas. Era uma tentativa de contornar a nova fissura entre os Poderes provocadas pelas declarações golpistas de Bolsonaro a respeito das eleições 2022. O STF e o Senado, em especial, rechaçaram as fake news do presidente sobre a urna eletrônica.

Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República informou que a hospitalização de Bolsonaro ocorreu “por orientação de sua equipe médica”. O presidente ficará “sob observação no período de 24 a 48 horas, não necessariamente no hospital”. Conforme a Secom, ele “passa bem”, embora reclamasse publicamente de seu estado de saúde – sobretudo da dificuldade de falar – desde a semana passada.

Em sua última live semanal, na quinta-feira (8), Bolsonaro se referiu à crise de soluços que o perturbava: “Peço desculpas. Estou há uma semana com soluços, talvez eu não consiga me expressar adequadamente nesta live”. O novo problema de saúde coincide com um período de grande desgaste da imagem do presidente, em meio a denúncias de esquemas corrupção na compra de vacinas anti-Covid-19 e ao aumento da rejeição ao governo.