Bolsonaro insufla os atentados criminosos de suas hordas fascistas
A escalada da violência fascista no Brasil, como o covarde assassinato do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, no interior do Paraná, no sábado (9), em plena festa de seu aniversário de 50 anos, é o resultado direto da pregação de ódio e obscurantismo de Bolsonaro. “É o mal contra o bem”, diz ele. “O inimigo a ser combatido não é externo. Ele está dentro do Brasil”, acrescenta o “mito”. “Vamos acabar com eles”, conclama Bolsonaro.
Quando o agente penitenciário federal, Jorge José da Rocha Guaranho, invadiu a festa de aniversário do guarda municipal Marcelo Arruda e o matou com dois tiros, ele gritava, segundo as testemunhas, “aqui é Bolsonaro!” e xingava os presentes, afirmando que mataria a todos na festa.
Já ferido, Arruda, que diante das ameaças feitas antes, buscara sua arma no carro, reagiu e atirou no assassino. Seu filho e sua mulher disseram depois que, se ele não fizesse isso, seria uma verdadeira chacina. Um verdadeiro “vamos acabar com eles!”, de Bolsonaro.
Não está ocorrendo uma “radicalização política ” no geral, como pensam alguns. Não é uma “provocação de lado a lado”. Uma “polarização radical na política”. O que está havendo é uma perigosa escalada fascista por parte de Bolsonaro e suas milícias. O juiz que mandou prender o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, pelo escândalo de corrupção no MEC foi atacado com fezes por um bando de fanáticos apoiadores de Bolsonaro. O jornal Folha de São Paulo foi alvejado na semana passada, pela cobertura que faz do governo.
Um terrorista jogou veneno de um drone contra uma multidão que se reunia para apoiar Lula e Kalil em um ato na cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, há algumas semanas.
“Já joguei uma parte, mas ainda falta muito veneno”, dizia um dos terroristas flagrados dirigindo o drone. Depois se soube que além do veneno, havia também umas substâncias que parecem agradar muito o bolsonarismo, pela frequência com que são usadas, fezes e urina.
Essa preferência pela escatologia deve ter alguma coisa a ver com o local de onde muitos desses fascistas vieram: das profundezas do esgoto. Os facínoras foram presos.
“Eu vou entregar a faixa presidencial, mas só daqui a muito tempo. Não haverá um Capitólio. Nós não vamos invadir nada. Mas, vocês sabem muito bem o que devem fazer antes das eleições”, disse Bolsonaro em sua live da última quinta-feira (7).
Ou seja, uma mensagem cifrada. Guaranho entendeu bem o recado do chefe, no, sábado (9), viu uma festa particular cujo tema era a campanha do ex-presidente Lula. Não teve dúvida, primeiro provocou, xingou e, depois, foi em casa pegar sua arma. Invadiu a festa gritando aqui é Bolsonaro e matou a tiros o aniversariante.
Outro terrorista instigado pela fala criminosa de Bolsonaro se aproximou do ato que reunia uma grande multidão para assistir ao ex-presidente Lula na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, na quinta-feira (7), e jogou duas bombas caseiras carregadas, mais uma vez, com a especialidade das milícias bolsonaristas, fezes e urina. O atentado, provocou um início de tumulto, mas logo tudo voltou ao normal. A segurança estava bem reforçada na Cinelândia e o terrorista foi preso.
Em suma, é necessário que esses atentados contra as eleições sejam punidos com rigor para que a escalada fascista seja interrompida a tempo. Nenhuma agressão por parte de setores da oposição está sendo detectada. A oposição no Brasil reúne um amplo espectro de forças políticas que são defensoras da democracia e da convivência pacífica entre todas as correntes políticas do país.
Quem está ameaçando a democracia, estimulando o ódio e a violência, contribuindo para fatos trágicos com a morte de Arruda, no sábado, e deve ser responsabilizado por isso, chama-se Jair Messias Bolsonaro.
EDIÇÃO: Guiomar Prates