Sem o auxílio emergencial, a demanda pelo Bolsa Família disparou no Brasil da pandemia e do bolsonarismo. Em janeiro, 1,35 milhão de famílias estavam na fila para entrar no programa, o que equivale a 4 milhões de pessoas.

Até dezembro, quem estava no Bolsa Família e também preenchia os requisitos do auxílio emergencial recebia apenas o que fosse mais vantajoso. Como o presidente Jair Bolsonaro não prorrogou o auxílio, deixando mais famílias na pobreza e na extrema pobreza, o Bolsa Família volta a ser o principal programa de distribuição de renda no Brasil.

A procura pelo benefício, criado no governo Lula, tende a crescer nos próximos meses. Oficialmente, a fila é composta por famílias que estão no Cadastro Único e não recebem o benefício, mas atendem a pelo menos um dos seguintes critérios: 1) está na extrema pobreza, com renda por pessoa na família de até R$ 89 por mês; ou 2) está na pobreza, com renda por pessoa entre R$ 89,01 e R$ 178 por mês, desde que a família tenha criança ou adolescente de até 17 anos.

Em janeiro, segundo o Ministério da Cidadania, 14,2 milhões de famílias receberam o benefício, ao custo total de R$ 2,7 bilhões. Cerca de 88% dessas famílias estavam recebendo o auxílio emergencial – que atendeu ao todo 68 milhões de pessoas com pelo menos uma parcela de R$ 600.

Com informações do MaisPB