Apesar de decretar sigilo parcial sobre os números, o governo Bolsonaro não conseguiu esconder o que está sendo considerada uma tragédia humana: 1,3 milhão de famílias no Brasil, mesmo habilitadas, estão na fila de espera para receber os R$ 400 do Auxílio Brasil. Oito mil delas vivem nas ruas e 233 mil têm filhos com até quatro anos. São grupos que deveriam ter prioridade.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) chegou aos cálculos com base em dados do Cadastro Único (o Cecad). Divulgados pelo Estadão, os números bateram em 1,3 de famílias sem o auxílio no mês de março. No editorial desta terça-feira (17), o jornal diz que, se funcionasse, “o Auxílio Brasil ainda seria um modesto alívio para os problemas agravados pelo desgoverno bolsonariano. A fila dos pobres não anda.”

“É um absurdo pensar que em meio a esta crise, cerca de 1,3 milhão de famílias ainda esperam por receber o pagamento do Auxílio Brasil, enquanto o governo usa o benefício como politicagem”, reagiu o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA).

 

Por Iram Alfaia

 

(PL)