Depois de autorizar seguidos aumentos, elevando para R$ 100 o preço do gás de cozinha, Jair Bolsonaro declarou na segunda-feira (26) que o preço do botijão para o consumidor final deveria ser de, no máximo, R$ 70 e, novamente, culpou os governadores pelo preço alto, assim como fez como o preço da gasolina e do diesel.

“Poderia ser vendido a R$ 60, R$ 70, no máximo. Depende de o governador colaborar nesse sentido”, disse em entrevista à rádio Arapuan, da Paraíba. Um valor bem distante do que prometeu na campanha eleitoral, quando disse que o botijão de gás no seu governo seria de R$ 35.

Assim como procede com os caminhoneiros, prometendo reduzir o preço do diesel, que só faz aumentar, o preço do gás liquefeito de petróleo nas refinarias da Petrobrás, o conhecido gás de cozinha, também não para de subir.

Só este ano o governo autorizou seis aumentos no botijão de 13 kg. O valor médio, no início deste mês estava em R$ 88,91, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O preço variava, dependendo da região do país, de R$ 64,99 a R$ 125,00.

“O GLP (gás liquefeito de petróleo), assim como os outros combustíveis, é uma commodity, que tem seus preços determinados no mercado global pelos movimentos de oferta e demanda”, diz a direção da Petrobrás, com aval do governo que prefere manter os preços atrelados ao mercado internacional e ao dólar em prol dos acionistas estrangeiros, em detrimento do consumidor nacional.