De Norte a Sul, a Proclamação Geral das Assembleias Comunitárias (cabildos) aprovou uma série de medidas emergenciais para garantir a imediata redemocratização do país.

Portanto, façamos nossos os objetivos do movimento popular organizado em assembleias comunitárias, que são os verdadeiros órgãos da democracia popular, diz a proclamação. Seguem as principais exigências aprovadas nas Assembleias Populares:

1 – Renúncia de Jeanine Añez como condição necessária para a pacificação do povo.

2 – Imediata libertação dos detidos injustamente nas mobilizações populares contra o carniceiro Arturo Murillo.

3 – Retorno imediato dos militares a seus quartéis, porque qualquer violação dos direitos humanos é delito de lesa-humanidade imprescritível, que será julgado tanto em instâncias nacionais como internacionais.

Basta recordar os conhecidos casos de Luis García Mesa, Arce Gómez e muitos outros repressores do povo latino-americano.

4 – Respeito à Wiphala por representar a luta milenária pela libertação dos povos indígenas que hoje estão resistindo ao retorno do racismo e ao colonialismo mais extremos da oligarquia nacional.

5 – Prisão para Luis Fernando Camacho, Williams Kaliman, Carlos Mesa, Pumari, Waldo Albarracín e Rafael Quispe por propiciar o golpe de Estado, a violência e as matanças de nossos irmãos e irmãs bolivianos nos sangrentos massacres de Sacaba, Yapacaní e outros.

6 – Convoca a Central Operária Boliviana (COB), a Federação Sindical de Trabalhadores Mineros da Bolívia (FSTMB), ao setor cooperativista, fabril, gremial, universitários, profissionais e outros a assumirem o seu papel histórico ao lado do povo que agora está em luta contra o golpe da direita fascista.

7 – Exigimos que os membros da Assembleia Nacional eleitos em 2014 pelo povo possam atuar com as garantias democráticas necessárias para restabelecer a ordem constitucional na pátria. Os deputados e senadores que estejam ao lado de seu povo contra o golpe da direita fascista têm todo o respaldo e o apoio das bolivianas e bolivianos que preferem morrer antes que viver escravos.

Viva a Bolívia Digna, Livre e Soberana