Bolívia: Arce reajusta aposentadorias em 3,38% após inflação de 1,4%
O presidente da Bolívia, Luis Arce, anunciou o aumento de 3,38% na renda dos aposentados, valor que será pago em dezembro deste ano. O reajuste será retroativo a janeiro de 2020.
“Cumprimos com nossas vovós e vovôs melhorando sua renda em 3,38%”, acrescentou.
Para expor a dimensão do benefício, Arce exemplificou: “Aqueles que tenham uma renda de 3.441 bolívares [2.540 reais] se beneficiarão – com o retroativo – de um bônus que chega a um total de Bs 1.536 [1.134 reais] e que será pago neste mês de dezembro”.
Afirmou que este direito ao reajuste, esquecido pelo governo de fato, foi restaurado e se valoriza a contribuição dos aposentados e de quem tem renda para seguir contribuindo com o desenvolvimento da Bolívia.
No sábado (12), o Ministério da Economia e Finanças Públicas informou sobre a promulgação do Decreto Supremo 4.413 que determina um percentual total de aumento na renda dos aposentados. A inflação no país durante 2020 foi de 1,4%. Segundo o governo, a medida é para garantir o bem-estar da população idosa.
Além do bônus com o acumulado de janeiro a novembro, o aposentado receberá o valor de sua aposentadoria mais o décimo terceiro. Já o primeiro salário, reajustado em 3,38% neste mês de dezembro, será pago em janeiro de 2021.
Luis Arce assinalou ainda que a revogação, feita pelo seu governo, dos decretos que favoreciam grandes exportadores e importadores contribuirá para a recuperação da economia, mergulhada em profunda crise devido às medidas improvisadas e contraproducentes do desgoverno de Jeanine Áñez.
“Revogamos os Decretos 4.139 e 4.181 que o governo de fato aplicou para ‘liberar as exportações’. Essa medida só favoreceu grandes exportadores e importadores e colocou em risco a segurança alimentar da Bolívia. Essa revogação contribui para a recuperação da economia”, declarou ainda Arce.
O ministro da Economia, Marcelo Montenegro, explicou que os decretos instaurados em janeiro de 2020 iam contra a política social da comunidade, que “sempre privilegiou a manutenção da segurança alimentar”, já que autorizou a exportação de produtos sem garantir o abastecimento interno nacional e a importação, prejudicando a produção nacional.