Milhares em fila de desemprego, no dia 08/07, em Guarulhos, SP.

O Banco Central reduziu pela 19ª vez consecutiva a previsão para o crescimento da economia, na última segunda-feira (08/07).
Agora, a redução foi de 0,85%, na semana passada, para 0,82%. Enquanto isso, o mesmo Banco Central, em seu Relatório Trimestral de Inflação, já reduzira a previsão para 0,80%.
Há um mês, essa previsão era de crescimento de 1%.
Há dois meses, era de 1,45%.
Há três meses, 1,95%.
Há quatro meses, 2,01%.
Três semanas antes, no dia 22 de fevereiro, era de 2,48%.
Em 19 semanas, a previsão do Produto Interno Bruto caiu em mais de 2/3 (-66,9%) – uma semana após a outra.
E não existe nenhum fundo do poço à vista. Ninguém é capaz de dizer quando esse afundamento vai parar, pela simples razão de que a política do governo é afundar mais.
Aqui, há algo de doentio: qualquer governo normal – ou medianamente normal – diante de uma queda dessas proporções, diante do aumento do desemprego, da redução na produção industrial (e, tudo indica, também da produção agropecuária, considerando a diminuição do crédito rural), tomaria alguma providência.
Ou, se o ministro (ou os ministros) da área não sugerissem alguma providência, qualquer presidente lhes apontaria o caminho da rua.
Guedes é, com certeza, o ministro da área econômica mais incompetente que já houve no país. Como notaram vários economistas, inclusive neoliberais, Guedes é um escroque (nas palavras de Persio Arida, presidente do BC no governo Fernando Henrique: “Paulo Guedes é um mitômano”).
Porém, a incompetência e a mentira por atacado de Guedes parecem ser, para Bolsonaro, suas principais qualidades. Talvez porque ele mesmo seja um incompetente e mitômano.
Mas aqui entramos no campo da irresponsabilidade. Não se trata apenas de que Bolsonaro e Guedes sejam adeptos de tal ou qual política econômica – pois é óbvio que a aplicação de uma política econômica depende da realidade.
O problema maior é que são irresponsáveis – para com o país e até para com seus próprios adeptos, ou, melhor, para com aqueles que apoiam o governo Bolsonaro. A realidade, portanto, nada importa.
Assim, o resultado do PIB no primeiro trimestre foi negativo: -0,2%.
A reação de Guedes foi dizer que tal resultado já estava previsto. E, claro, que “basta fazer as reformas para voltar a crescer”. Como já foi observado, inclusive por pessoas e órgãos conservadores, nenhuma reforma – muito menos a da Previdência – tem o condão de fazer o país crescer, quando o crédito para as empresas é estrangulado (v. A catástrofe econômica de Guedes).
Pelo contrário, a reforma da Previdência, se aprovada, ao achatar ainda mais o mercado interno, tornará pior a situação.
Que já é muito ruim, com 28,5 milhões de brasileiros total ou parcialmente sem emprego, ou seja, subempregados, segundo o IBGE, no trimestre encerrado em maio .
A produção industrial caiu -0,2% em maio e tombou -0,7% no acumulado do ano.
O comércio varejista registrou queda nas vendas de -0,6% em abril em relação a março, recuo puxado pelas vendas em hiper e supermercados.
De acordo com o IBGE, o setor de Serviços, após registrar uma sequência de resultados negativos de janeiro a março, ficou praticamente zerado em abril (0,3%). Na comparação com abril do ano passado, houve queda de -0,7%.
“Mês após mês, já descontadas as eventuais sazonalidades, a indústria praticamente não saiu do lugar, mantendo-se em um nível de produção inferior à de um ano atrás”, avaliou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), sobre o resultado de -0,2% da produção industrial nacional em maio, na comparação com abril de 2019.
“Foi a terceira taxa negativa da série com ajuste sazonal, mantendo o padrão de variações muito próximas a zero, que tem caracterizado o presente ano. Isso indica que não há nenhum movimento que possa levantar a indústria do tombo que levou com a entrada do ano”, afirma a entidade.
Todos os indicadores apontam para um segundo trimestre também negativo para a economia brasileira, resultado da “desconstrução” de Bolsonaro.
A produção industrial caiu -0,2% em maio e tombou -0,7% no acumulado do ano.
O comércio varejista registrou queda nas vendas de -0,6% em abril em relação a março, recuo puxado pelas vendas em hiper e supermercados.
De acordo com o IBGE, o setor de Serviços, após registrar uma sequência de resultados negativos de janeiro a março, ficou praticamente zerado em abril (0,3%). Na comparação com abril do ano passado, houve queda de -0,7%.
“Mês após mês, já descontadas as eventuais sazonalidades, a indústria praticamente não saiu do lugar, mantendo-se em um nível de produção inferior à de um ano atrás”, avaliou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), sobre o resultado de -0,2% da produção industrial nacional em maio, na comparação com abril de 2019.
“Foi a terceira taxa negativa da série com ajuste sazonal, mantendo o padrão de variações muito próximas a zero, que tem caracterizado o presente ano. Isso indica que não há nenhum movimento que possa levantar a indústria do tombo que levou com a entrada do ano”, afirma a entidade.
Todos os indicadores apontam para um segundo trimestre também negativo para a economia brasileira, resultado da “desconstrução” de Bolsonaro.