Às vésperas do 60º aniversário da assinatura pelo então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, da Ordem Executiva 3447, que oficializou o bloqueio econômico como instrumento legal contra Cuba, organizações se mobilizam em vários países pela solidariedade à ilha e pelo fim da medida.
Segundo relatam o jornal cubano Granma e o portal Prensa Latina, as manifestações tiveram início neste domingo (30). Em Miami, foi realizada uma concentração na cidade por membros do projeto Pontes de Amor, liderado por Carlos Lazo. “Cubano-americanos e norte-americanos se uniram para expressar sua rejeição a esta política. Estamos lutando pelo povo cubano porque devemos isso a eles”, disse.</p>
Na Guatemala, artistas comunitários de San Juan Comalapa, Chimaltenango e o grupo Povo e Educação Popular, juntamente com médicos cubanos, encenaram uma jornada médica e mural para homenagear as brigadas médicas da Ilha, presentes no país há 23 anos, e levantaram suas vozes contra o cerco econômico, comercial e financeiro imposto por Washington, que a cada ano ignora a maioria dos votos das nações para pôr fim à sua política de interferência.</p>
De El Salvador, a Esquina Guanaco Cubana, um grupo criado pelo advogado Raúl Martínez no Parque Central de Cuscatlán para discutir acerca da nação caribenha, sua realidade, desafios e exigências, homenageou José Martí no 169º aniversário de seu nascimento e uniu-se à condenação do bloqueio.
A Associação de Moradores José Martí no México também se manifestou na grande onda de solidariedade mundial no domingo. Olivia Garza, membro da diretoria da organização, assegurou que seus representantes “continuarão lutando incansavelmente até que a guerra econômica contra o povo cubano seja derrotada”.</p>
Ottawa e Toronto, no Canadá, testemunharam a solidariedade com Cuba, bem como várias cidades europeias, como as da França e Bélgica, onde bandeiras cubanas foram vistas em avenidas apinhadas, acompanhando declarações contra o bloqueio. Na Libéria, Gâmbia e Líbano, foram realizadas demonstrações de apoio à Ilha maior das Antilhas. Outras manifestações para o mesmo fim aconteceram em Buenos Aires, Argentina; Santo Domingo, República Dominicana, e em La Paz, Bolívia, entre outros lugares.</p>
A este respeito, o membro do Bureau Político do Partido e ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla, escreveu no Twitter: “Uma maré imparável de solidariedade levanta Pontes de Amor ao redor do mundo, para exigir o fim de uma política anacrônica e desumana. Amigos e compatriotas no exterior demonstraram seu firme apoio à demanda universal contra o bloqueio”.
Os coordenadores do canal Europa para Cuba anunciaram a convocação de uma maratona internacional de mídia, que acontecerá dias 2 e 3 de abril, para denunciar e condenar o bloqueio dos Estados Unidos contra a ilha. Segundo eles, acompanhará a nova campanha de solidariedade com um programa especial de 24 horas diárias no YouTube e Telegram, que incluirá entrevistas, vídeos e, sobretudo, dará espaço às transmissões dos canais que aderirem à mobilização.