Manifestantes exigem "sociedade justa e solidária"

Mais de 30.000 pessoas tomaram as ruas da capital alemã no sábado (4) em uma manifestação contra o nazifascismo e por uma sociedade justa e solidária.

O avanço de um Sistema de “justiça social” foi a conclamação que reuniu 340 organizações alemãs, incluindo as centrais sindicais do país.

Além dos sindicatos, organizados na Federação Alemã dos Sindicatos, organizações e movimentos sociais participaram da marcha que também teve a participação dos partidos Die Link (Esquerda), Verdes e Socialdemocratas.

Escolhida como porta-voz do movimento, Rebecca Rahe destacou que “30 mil estiveram nas ruas de Berlim para apresentar a vontade de construção de uma sociedade baseada na solidariedade, na justiça e contra o racismo”.

“Em meio à crise do nosso tempo, a da Covid-19, o que acontece no Afeganistão, a crise climática, mostramos nossa unidade e deixamos claro que estamos de pé por mudanças reais”, acrescentou Rebecca.

A marcha, que se estendeu por diversos quilômetros e passou pelo Portal de Brandemburgo exigiu “uma democracia real que garanta a participação verdadeira para todos e na qual todos possam ajudar a formatar”, declarou uma das organizadoras, Anna Spangenberg.

Manifestantes também ergueram faixas exortando a isolar o partido AfD (Altenativa para a Alemanha) – o partido do qual a parlamentar Beatrix Storch se reuniu há pouco com Bolsonaro. Uma delas afirmava: “Quem escolhe a AfD, escolhe o nazismo”.

Os sindicatos tomaram parte demandando condições de trabalho mais justas e melhores. Em meio ao protesto, grupos denunciaram as agressões de Bolsonaro à democracia.