Deputadas federais pelo PCdoB: Alice Portugal (BA); Marcivânia Flexa (AP) e Perpétua Almeida (AC)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, nomeou como diretor-geral da Polícia Federal (PF) Rolando Alexandre de Souza, que foi indicado por Alexandre Ramagem. Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes barrou a nomeação de Ramagem, amigo dos filhos do presidente, para este cargo, por temer interferência política em investigações.

A nova nomeação, assim como a anterior, é vista por parlamentares da Oposição como tentativa do presidente de blindar seu núcleo familiar.

“Bolsonaro afronta a sociedade e as nossas instituições mais uma vez. Está ‘batendo o pé’ e não faz qualquer segredo em demonstrar que o critério para ser o novo diretor da PF é ser amigo e, por conseguinte, protetor da sua família”, disse a deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP).

Na semana passada, ao se demitir do governo, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro denunciou suposta interferência política de Bolsonaro na Política Federal para obter informações sobre investigações em andamento. Conforme publicado na imprensa, uma investigação do STF e da PF poderia levar à participação dos filhos do presidente num esquema criminoso de propagação de fake news.

Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), Bolsonaro continua governando apenas para os seus. “Enquanto o Brasil ultrapassa a marca de 7 mil mortes e mais de 100 mil infectados pelo coronavírus, a preocupação de Bolsonaro é salvar a sua ‘familícia’ e seu mandato. Não tem nenhum plano para proteger a vida das pessoas nessa pandemia”, protestou.

Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Perpétua Almeida (AC), ao nomear um indicado de Ramagem para o cargo, Bolsonaro mantém sua intenção de “aparelhar a PF para uso político”.

“Precisamos impedir que Bolsonaro aparelhe este importante órgão. Por isso, precisamos de uma investigação sobre todos esses fatos no Congresso. É urgente a instalação de uma CPI com este fim”, afirmou.