Dinamarquesa, Jytte Frederiksen, de 83 anos, recebeu a 1 ª dose da vacina Pfizer em 27/12 e aguarda o chamado para a segunda aplicação

Após o anúncio dos fabricantes da vacina da Pfizer/BionTech de que a entrega de vacinas previstas será atrasada em várias semanas, os países europeus da Dinamarca, Estônia, Finlândia, Lituânia, Letônia e Suécia escreveram uma casta em conjunto aos fabricantes considerando que esta é uma situação “inaceitável” e que o atraso “mina a credibilidade do processo de vacinação”.

Em anúncio deste sábado (16), a direção da subsidiária norte-americana da Pfizer na Bélgica procura justificar o atraso por trabalhos na fábrica local.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse ter tido “uma conversa franca com o CEO da Pfizer” e que na discussão lembrou que “temos um acordo para a entrega de um determinado número de doses da vacina para o primeiro trimestre”.

“Era muito importante transmitir-lhe a mensagem de que precisamos urgentemente das doses garantidas no primeiro trimestre”, acrescentou.

“Penso que é bom que estejam cientes de que para nós é uma situação muito difícil, uma vez que as primeiras doses foram administradas e, quatro semanas depois, terá de ser administrada a segunda dose das vacinas da Pfizer. Há, portanto, também uma necessidade médica de manter aquilo que acordamos, o planeamento que acordamos, e as entregas”, reforçou.

A carta dos seis países europeus, destacando “grande preocupação com o atraso”, foi assinada pelos ministros da Saúde destes países e endereçada à comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides.

“Vemo-nos agora na obrigação de informar a nossa população e os grupos de risco que a sua vacinação será adiada, não obstante os esforços consideráveis dos nossos governos para assegurar uma entrega dentro dos prazos”, frisam os responsáveis na carta.

Os ministros pedem à Comissão para contatar “urgentemente” a Pfizer e a BioNTech para “pedir uma explicação pública” e “sublinhar a necessidade de se assegurar a estabilidade e a transparência das entregas”.

O governo norueguês também protestou através do seu Instituto de Saúde Pública declarando que “a redução temporária afetará todos os países europeus”