Atos em Cuba são ações de desestabilização dos EUA, afirma presidente
O presidente cubano Miguel Diaz-Canel denunciou, neste domingo (11), que os atos de rua ocorridos em diversos pontos do país são mais uma tentativa de desestabilização do governo soberano de Cuba.
“Um clássico dos protestos ‘espontâneos’ contra governos que não respondem aos interesses imperiais”, afirma o presidente.
Ele destacou que os Estados Unidos escondem sua intenção de desestabilizar Cuba por intermédio de supostos “valores humanitários”, no que desafiou: se querem melhorar a vida dos cubanos, “por que não suspendem o bloqueio e as sanções?”
Além de apontar para as questões centrais por trás das recentes manifestações, Diaz Canel reconheceu que as dificuldades se elevaram com a pandemia, tanto pela queda de uma das maiores fontes de ingressos de divisas da Ilha, o turismo, como pela necessidade de carrear esforços emergenciais para enfrentar a pandemia.
Informou da queda da usina termelétrica de Guiterra o que ocorreu junto com aumento do consumo de energia devido tanto à pandemia, mais consumo com a elevação da temperatura -, e que isso também provocou grave desconforto forçando a apagões planificados, mas garantindo que a usina entrará em operação nos próximos dias.
Os cubanos estão recorrendo à “libreta” distribuição racionada de alimentos para o enfrentamento do momento de tensão econômica e de abastecimento causados tanto pelo bloqueio como pela pandemia, o que tem causado insatisfação.
Isso possibilitou, segundo o presidente, a que os atos atraíssem o que chamou de “revolucionários equivocados” e chamou a todos os cubanos a saírem às ruas o que ocorreu logo em seguida.
O jornal Cubadebate também informa da formação de um contingente de 60 médicos recém-formados enviados para a região de Matanzas, epicentro do crescimento dos contágios nos últimos dias.
Enquanto o Brasil ocupa a 8ª posição entre todos os países, em termos de mortes de acordo com a população, Cuba, com montante de 132 mortes por milhão, está na 92ª posição.
A vacinação também está avançando com Cuba como o único país da América Latina capaz de desenvolver e produzir vacinas próprias. Até agora são 3.024.565 cubanos que tomaram pelo menos uma dose, ou seja, 26,7% da população e 1.799.327 consideradas totalmente imunizadas, perfazendo 15,3% da população.