Até auxílio concedido pelos governadores incomoda Bolsonaro
Jair Bolsonaro criticou os governadores que estão tomando ações para ajudar os mais pobres, como “auxílios emergenciais”, afirmando que isso deixa o povo “mais dominado”.
“Você vê que tem governador agora que está falando em auxílio emergencial, né, querem fazer o Bolsa Família próprio. Quanto mais gente vivendo de favor do Estado, mais dominado fica este povo”, criticou.
Além de fazer de tudo para evitar pagar o auxílio emergencial para os desempregados e trabalhadores informais de todo o país, Jair Bolsonaro também quer atrapalhar as medidas tomadas pelos governadores.
Em 2020, o Congresso Nacional aprovou o pagamento do auxílio emergencial, mas Paulo Guedes, ministro da Economia, tentou reduzir para R$ 200. Só depois da pressão da sociedade, o auxílio foi para R$ 600.
“O pessoal vai devagar, devagar, tirando seus meios, tirando sua esperança, tirando teu ganha pão. Você passa a ser obrigado a ser sustentado pelo Estado”, disse Bolsonaro, que não anunciou nenhuma medida para proteger os empregos. Bolsonaro tirou os empregos, tirou os meios da população sobreviver, tirou o ganha pão do povo e não quer dar ajuda emergencial para o trabalhador.
No Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro (PSC), que é aliado de Bolsonaro, anunciou o programa Supera Rio, que dará R$ 300 para 400 mil cariocas com o intuito de proteger as pessoas da miséria e facilitar o isolamento social.
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), criou uma ajuda de R$ 1.000 para os trabalhadores do setor de eventos, bares e restaurantes. Além disso, isentou 493 mil famílias de pagarem a conta de água por dois meses.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criou um auxílio para ajudar os artistas e os donos de bares e restaurantes. A ideia é permitir que esses setores tenham renda e possam parar durante as fases mais rígidas do isolamento social. Os artistas receberão R$ 600 e os micro e pequenos empresários donos de bares e restaurantes receberão R$ 1.000.
No Distrito Federal, a Câmara Legislativa aprovou, na quarta-feira (10), projeto de lei para que prevê o pagamento de Benefício Emergencial no valor de R$ 408 à população em situação de vulnerabilidade social. O valor deverá ser pago até dezembro de 2021 ou enquanto durar a pandemia.