Ataques de Israel a Gaza explodem três edifícios residenciais
Nestas terça-feira (11) e quarta-feira (12) Israel demoliu três prédios residenciais na Faixa de Gaza. O terceiro deles, o Al Shourouk, assim como os outros dois, era um prédio residencial, mas abrigava também alguns escritórios de agências de notícias internacionais.
Esse novo estilo de retaliação, através das demolições provodada por mísseis atirados por caças israelenses, antes das quais os moradores foram avisados para saírem de seus apartamentos às pressas, sob o pretexo de resposta aos foguetes do Hamas, que mataram sete israelenses, é mais uma forma de punição coletiva no mais puro estilo nazista, pois nem os moradores, nem os jornalistas da mídia internacional têm nada a ver com os disparos que partiram de Gaza, notando que os foguetes foram lançados após dias seguidos da mais brutal agressão aos palestinos em Jerusalém durante o mês sagrado do Ramadã e o assassinato extrajudicial de pelo menos três comandantes do Hamas por forças israelenses.
Jornalistas da AFP, que estavam uma casa vizinha ao prédio disseram que a sensação “foi como se os mísseis explodissem em nossa sala”.
Neste mais recente dos ataques israelenses a Gaza já há 83 palestinos mortos, dos quais 18 crianças, o que foi recebido com repúdio pela Unicef e manifestações contra mais esta agressão em Nova Iorque, Roma, Paris, Amsterdã, Amã, Beirute, Istambul, além das cidades palestinas na Cisjordânia.
Lavrov chama ONU a reunir com urgência
Ao lado do secretário-geral da ONU, Antonio Guterrres, o ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov pediu – diante da escalada das tensões na região – uma reunião urgente do Quarteto para o Oriente Médio, composto pela Rússia, ONU, União Europeia e Estados Unidos.
O Quarteto foi estabelecido em Madri, em 2002, com a finalidade de fazer avançar as negociações de paz entre israelenses e palestinos, mas foi sistematicamente sabotado pelo governo israelense durante as gestões comandadas por Netanyahu e, mais recentemente, pela Casa Branca durante o governo Trump, a quem o presidente palestino, Mahmoud Abbas, denunciou de “assalto à Lei Internacional”.