Embaixador ucraniano, Andrei Melnik, se orgulha da russofobia e exibe o jornal com sua entrevista

O embaixador da Ucrânia na Alemanha, Andrei Melnik, disse em entrevista publicada terça-feira (5) no destacado jornal alemão, que “não é nossa preocupação agora diferenciar entre russos maus e russos bons”, que “agora são todos”. “Vou dizer muito claramente: a Rússia é um Estado inimigo para nós. E todos os russos são inimigos da Ucrânia neste momento”, enfatizou no estilo dos colaboracionistas anti-soviéticos e adeptos do ocupante hitlerista na Segunda Guerra.

Ao ser questionado sobre a razão de não participar de um concerto beneficente de músicos russos, com a apresentação de um compositor ucraniano, o diplomata assumiu abertamente a russofobia insuflada por Washington qualificando o evento interessado em promover o entendimento de “provocação”. A atividade havia sido organizada pelo presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.

Pela guerra permanente

“Cada ação, mesmo um concerto, tem um objetivo e efeito específicos. Para mim, como embaixador da Ucrânia, ainda não está claro porque foi necessário tentar um gesto de reconciliação nessa situação, no sentido de ‘ucranianos e russos sentarem-se juntos, fazer música, bater palmas e curtir a cultura’”, condenou o embaixador.

Conforme o diplomata ucraniano, o presidente alemão “encenou deliberadamente isso como um ‘sinal de paz’”, o que é inadmissível. “Ele queria que um pianista russo e um barítono russo se apresentassem e que o embaixador ucraniano se sentasse lá. Aí está uma provocação que ele não consegue entender”, acrescentou.

Questionado sobre sua hostilidade não apenas para com os cidadãos russos, mas também com a cultura russa, o embaixador observou que “no momento simplesmente não há razão para desfrutar da cultura russa junto com os russos”. O neofascista ucraniano fez questão de deixar claro que jamais teve qualquer amigo russo, uma vez que, segundo ele, o conflito entre os dois países “estava planejado há muitas décadas”.

Inimigos antes, hoje e sempre

“E esta guerra está sendo realizada por pessoas, russos: alguns são enviados para esta guerra, outros escolhem estar lá por vontade própria. Na convicção de que querem destruir a Ucrânia. E então está claro para mim que, provavelmente, mesmo depois da guerra, a Rússia continuará sendo um Estado inimigo”, reiterou.

Logo depois da entrevista, o representante ucraniano compartilhou no Twitter a capa do jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ), para o qual deu as declarações, acompanhando a publicação com a frase “Todos os russos agora são nossos inimigos”.

A postagem gerou uma onda de protestos da sociedade alemã. “Sr. Melnik, representar uma nação inteira como inimiga não passa de fascismo. Você deveria se envergonhar. Não só por isso, mas também por seu comportamento em geral. Você deveria colocar sua energia em visitar refugiados, em vez de apressá-los”, reagiu um internauta. “‘Todos os russos…’ Esta é a coisa mais estúpida que ouvi hoje. Declaração completamente injustificada e só contribui para uma maior escalada”, disse outro.

“Nesta lógica, todos os ucranianos também são nossos inimigos. O NYT agora também relata crimes de guerra na Ucrânia. Existem inúmeros vídeos na rede sobre isso”, condenou outro usuário.

Diplomacia beligerante

Uma verdadeira chuva de reprovações se seguiu à entrevista no Frankfurter. “Bem, eu sou russo, recebi muitos amigos ucranianos e um amigo meu de uma família ucraniana em minha casa em Berlim. Mas de acordo com sua lógica, eu também sou o inimigo”, apontou mais um internauta. “Com essa atitude, uma guerra nunca pode acabar. Ele está generalizando as pessoas. Além disso, tenho a impressão de que ele está liderando uma guerra de propaganda verbal contra a Alemanha, um país que ajuda tanto os ucranianos, mas nunca é suficiente. Um embaixador deve agir de forma diferente”, ponderou mais um.

Apesar de toda a reação contrária, Melnik não compareceu a outro evento musical alemão no qual um violinista russo recebeu um prêmio e ainda acrescentou diatribes contra a cidade que concedeu a comenda. “Nunca mais visitarei Osnabrück. Bom dia, hipócritas ‘construtores de pontes’. Essas ‘pontes’ musicais levam direto ao inferno”, repetiu o anti-diplomata.