Fernández quando recebido por Putin em Moscou no mês de fevereiro

A Argentina ratificou que manterá todos os acordos econômicos vigentes com o governo da Rússia e reiterou que não aplicará sanções econômicas contra Moscou.

O governo argentino também listou um plano de ação para manter o comércio bilateral, apesar dos obstáculos externos que são impostos pelo conflito na Ucrânia.

Ao longo do relatório de gestão apresentado pelo Chefe de Gabinete, Juan Manzur, durante uma sessão especial no Senado em 2 de junho, o Governo explicou que “o conflito armado não teve consequências jurídicas sobre a validade dos Convênios e Acordos Bilaterais entre a Argentina e a Federação Russa”, informou o jornal argentino El Cronista.

Nesse sentido, o Governo ratificou que, independentemente da operação militar da Rússia na Ucrânia, estão em vigor os seguintes tratados: acordo para a promoção e proteção recíproca de investimentos; acordo para evitar a dupla tributação; memorando de entendimento sobre cooperação na agricultura; acordo sobre a cooperação em matéria de Meio Ambiente; acordo de pescas e aquicultura; memorando de entendimento entre a Academia de Ciências da Federação Russa e o Instituto Nacional de Tecnologia Agrícola (INTA) e ainda o memorando de entendimento sobre a cooperação bancária.

Como outros países latino-americanos, a Argentina viu suas exportações para a Rússia afetadas por sanções impostas a Moscou pelos EUA e a União Europeia. De fato, a chegada de mercadorias argentinas à Rússia sofreu problemas logísticos enquanto alguns setores tiveram que operar com incerteza quanto aos pagamentos.

O governo argentino tenta amenizar a situação com ações para auxiliar os exportadores e promover o comércio em mercados alternativos, além de realizar acordos bancários com países aliados que não aderiram às sanções.

Buenos Aires enfatizou sua rejeição aos bloqueios unilaterais “considerando que eles não conduzem à paz, ao diálogo e à negociação diplomática”.

A Argentina também considera que não há autorização legal para impor esse tipo de sanções, que só poderiam ser adotadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.