O presidente argentino, Alberto Fernández, afirmou na quarta-feira, 8, que “não será flexibilizado” o isolamento preventivo e obrigatório pelo coronavírus depois do domingo 12 de abril, dia em que acaba o prazo atualmente fixado para a quarentena. Pelo contrário, advertiu que “nos centros urbanos seremos muito mais estritos”.

 “Estamos na metade do caminho. Esta quarentena tem salvado centenas de vidas humanas e temos que continuar adiante. Não há nenhum levantamento de quarentena”, remarcou. “Temos que nos preparar para momentos mais difíceis, para mais contágios”, alertou.

Assegurou que “em Buenos Aires, na região metropolitana e nos grandes centros urbanos haverá ínfimas alterações” depois da próxima segunda-feira em relação às restrições. “Vai ser quase igual ao que é agora”, completou, respondendo a setores que pressionam para acabar com o confinamento argumentando que a situação traz problemas econômicos.

“O controle ficou relaxado, ontem solicitei aos ministros que mais restrições sejam colocadas  e se façam controlar caso por caso”, disse o presidente em declarações ao Canal 13 de televisão,  e acrescentou: “Necessito que as pessoas não circulem, que não haja mais de seis pessoas por ônibus”.

Fernández informou que os especialistas médicos “estimam que o pico” da doença “vai ocorrer na segunda quinzena de maio” e por isso a quarentena “vai continuar”. “Muitos industriais têm a preocupação de abrir as fábricas e há certa ansiedade que compreendo”, disse, mas pediu que “escutem os especialistas para que se deem conta do que acontece e quais são os riscos. Nada pode ser mais importante que salvar vidas”.

Consultado sobre quando fará o anúncio sobre a extensão da quarentena, Alberto Fernández indicou que o fará “quando tenha claro o panorama no interior do país, o que acontecerá logo mais”. “Os governadores vão me passar um pouco da informação de cada lugar, quais elementos precisam ser levados em conta. Todos estiveram de acordo em prolongar a quarentena”, informou.