Argentina: presidente Fernández muda gabinete para ‘relançar governo’
Depois da derrota nas primárias eleitorais argentinas, o presidente Alberto Fernández anunciou mudanças no gabinete ministerial e reúne-se com governadores de 14 Províncias (equivalentes aos nossos Estados) neste sábado (8) para solenidade do que denominou “relançamento do governo nacional”.
O encontro se dá depois de reunião com a vice-presidente Cristina Kirchner e da carta aberta que publicou, na noite de quinta-feira (16), na qual ela enfatizou problemas econômicos que teriam levado ao insucesso no pleito mais recente. Cristina apontou entre outros fatores negativos, a inflação alta que corrói salários sem reposição, o desemprego elevado e a falta de investimentos e outras iniciativas que possam gerar emprego.
Entre as mudanças ministeriais, a mais significativa foi a saída de Santiago Cafiero do cargo de Chefe de Ministros (equivalente a Chefe da Casa Civil) que passou a ministro do Exterior, enquanto que Juan Mansur, assume o posto de Cafiero. Segundo o jornal Página 12 esta era uma das reivindicações centrais da vice-presidente Cristina Kirchner, que espera que assim o governo adquira mais agilidade.
Assim que tomou posse, Mansur, que até hoje governava a Província de Tucumán, destacou que, na reunião, foram ouvidos os reclamos dos governadores e “fizemos um balanço da situação atual, um balanço das eleições e o presidente foi claro em sua autocrítica”. Ele declarou que “temos que trabalhar sem descanso para acelerar as respostas com as quais necessitamos chegar a cada argentino e cada argentina”.
Em declaração conjunta, os governadores afirmaram apoio ao presidente argentino destacando que estão “comprometidos a corrigir rápido o que é necessário corrigir”.
O governador da Província de La Rioja, anfitrião do encontro, assegurou: “Vamos sair fortalecidos desta crise no marco de um processo de reordenamento”.
A partir de agora, a expectativa é pelas medidas concretas que possam vir ao encontro dos anseios apontados pelo resultado eleitoral adverso, apesar de que os ministros da Economia, Martín Guzmán, e da Indústria, Matías Kulfas, estão mantidos.