Profissional da Saúde toma vacina em Buenos Aires, no Hospital Posadas

A Argentina começou, na terça-feira (29), a vacinar a população contra o Covid-19. Os primeiros imunizados são os profissionais de saúde. O país vai usar a Sputnik V, vacina desenvolvida por cientistas russos contra a doença, tornando-se assim o primeiro país das Américas a aplicar esse imunizante.

A primeira fase já conta com 300 mil doses, de um total de 55 a 60 milhões que o governo de Alberto Fernández planeja receber até julho do ano que vem por meio de acertos com diversas empresas farmacêuticas.

Neste início, também foi imunizado o governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, pertencente ao Partido Justicialista, mesmo partido do governo nacional.

Ao anunciar o lançamento da campanha, o presidente disse que a intenção era ter a “maior parte da população de risco vacinada” até o outono. “Enquanto isso, vamos nos cuidar e que todos entendam que o risco existe e que é preciso evitar aglomerações”, completou Fernández.

Para abril, o país aguarda, ainda, a chegada de 22,4 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca.

Apesar de que em menor quantidade, o México, o Chile e a Costa Rica são os outros países da América Latina que já começaram a vacinar a população.

A Bielorrússia também começou, na terça (29), a aplicar a Sputnik V na população. Os países estão entre os primeiros, fora a própria Rússia, a usarem essa vacina para campanhas em massa. Com o início da vacinação na Argentina e em Belarus, já são ao menos 44 países ao redor do mundo que começaram a vacinar a população contra a Covid. O Brasil não se encontra entre eles.

A Sputnik V foi a primeira vacina a ser registrada no mundo contra o Covid-19, em agosto último. Há cerca de duas semanas, a Rússia divulgou dados com o resultado final da eficácia da vacina, que ficou em cerca de 91%.

Na capital Buenos Aires, o ministro da Saúde Ginés González García esteve presente no Hospital Posadas, onde foram vacinados os funcionários. Lá ele agradeceu os profissionais de saúde pela forma como responderam à pandemia: “Por isso vamos começar a vacinar em todo o país aqueles que têm maior exposição ao risco e de quem mais precisamos que nos atendam em caso de necessidade”.

Nas semanas seguintes, a campanha deverá se estender progressivamente ao restante da população: primeiramente adultos com mais de 70 anos, depois com 60 a 69 anos, seguidos de membros das Forças Armadas e pessoal de segurança, adultos de 18 a 59 anos de grupos de risco, trabalhadores educacionais docentes e não docentes e outras populações estratégicas definidas de acordo com jurisdições e disponibilidade de dose.

O país também assinou acordos para o fornecimento de vacinas com a Universidade de Oxford, associada à farmacêutica AstraZeneca, e com o mecanismo Covax, da Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

(PL)