Argentina: governo debate com a CGT as negociações com o FMI
O presidente argentino, Alberto Fernández, informou aos dirigentes da Confederação Geral do Trabalho (Confederación General del Trabajo-CGT) o andamento das negociações de seu governo com o FMI.
No encontro ficou estabelecida uma nova rodada de conversas com o ministro da Economia, Martín Guzman, no qual também serão discutidos outros temas que interessam aos trabalhadores, como obras e programas sociais. Esta reunião está prevista para a próxima quarta-feira (1º de dezembro).
Além dos líderes da CGT, Héctor Daer, Carlos Acuña e Pablo Moyano, também participaram Andrés Rodríguez (União do Pessoal Civil da Nação – UPCN), Gerardo Martínez (Unión Obrera de la Construción de la República Argentina – Uocra), José Luis Lingeri (Obras Sanitarias) e Mario Manrique (Mecânicos – Smata).
No encontro na residência oficial da Presidência, Palácio Olivos, que se deu na noite do dia 23, Fernández reiterou o posicionamento levado à mesa de negociações, já colocado nas declarações à saída de encontro com a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, em 30 de outubro, em reunião em paralelo à Cúpula do G20.
Na ocasião ele qualificou o encontro como bom e revelou as expectativas argentinas: “Bom encontro com a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, para avançar nas negociações que nos permitam sair do lugar social e economicamente insustentável onde o governo que me precedeu deixou nossa querida Argentina. Negociar com firmeza é recuperar a soberania”, anunciou no Twitter o presidente argentino ao final do encontro.
Medidas contra inflação
Além de expressarem seu respaldo ao posicionamento do atual governo frente ao FMI, os sindicalistas ressaltaram sua preocupação com a inflação e exigiram medidas de combate a ela. Eles expuseram que nas negociações com os representantes patronais estão enfatizando a necessidade de reposições que façam com que o salário ganhe na “corrida contra a inflação”. Declararam que esperam o apoio do ministro do Trabalho, Claudio Moroni “acompanhe estas necessárias revisões salariais”.