Arce alcança ampla vitória em La Paz, Potosí, Cochabamba e Oruro
O candidato à presidência da Bolívia pelo Movimento Ao Socialismo (MAS), Luis Arce, com resultados de boca de urna que lhe dão 52,2% dos votos em nível nacional, sai vitorioso em cinco dos nove departamentos (Estados) do país. É o que apresentam as projeções das empresas Jubileo e Tu voto cuenta.
O partido Comunidad Ciudadana de Carlos Mesa ganhou em três departamentos, enquanto que Creemos de Luis Fernando Camacho só conseguiu ser o primeiro colocado em Santa Cruz.
Como já haviam adiantado algumas pesquisas, Arce obteve uma grande vitória em La Paz com 67% dos votos, em Oruro com 66%, em Potosí com 56,6%, em Cochabamba com 60,3% e em Pando com 45,4%.
Mesa teve uma pequena maioria dos votos em Chuquisaca, com 48,3% contra 46,5% de Arce; ganhou também em Tarija, com 52% contra 40,5% do MAS; e em Beni, com 38,6%, contra 34,7% do MAS. Em Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, de Creemos, foi o mais votado com 44,3% dos votos, frente a 36,9% de Luis Arce e 17,5% para Carlos Mesa.
Até o meio dia de segunda-feira, a contagem de votos do Tribunal Supremo Eleitoral tinha 7,66% das atas computadas, marcando uma grande lentidão no processo.
Segundo esses dados preliminares e as previsões não oficiais, o Senado ficaria composto por 19 senadores do MAS (a metade mais um) 13 para Comunidad Ciudadana e quatro para Creemos, segundo reportagem do jornal boliviano Página Siete.
Com 8,11% das atas computadas oficialmente pelo Tribunal Supremo Eleitoral de votos no exterior, o MAS ganhava com 63,8% dos votos, contra 19,8% de Comunidad Ciudadana e 13,3% da frente Creemos.
No cômputo dos votantes residentes no exterior, o país onde mais claramente o MAS venceu é Argentina, com 86% dos votos, contra 9,5% de CC, enquanto que a frente liderada por Carlos Mesa ganhava na Alemanha, com 73,7% dos votos.
No Brasil a vantagem do MAS também é muito expressiva, com 85,7%. Já no Peru a diferença é mais estreita, com 55,3% a favor do MAS e 34,6% que votaram por Comunidad Ciudadana, assim como no Chile, onde Luis Arce obteve 35,6% de apoio e Carlos Mesa 32,7% dos sufrágios.