O comentarista Marco Antonio Villa. Foto: Reprodução - Canal Marco Antonio Villa - YouTube

A direção da rádio Jovem Pan acabou admitindo, em nota, que o afastamento do historiador e apresentador, Marco Antonio Villa, foi motivado por seus comentários contra as manifestações bolsonaristas.
De acordo com a nota divulgada pela rádio, o “respeito ao público impõe aos seus comentaristas limites que separam a crítica substantiva da adjetivação grosseira”.
A rádio se refere ao comentário feito por Villa antes das manifestações bolsonaristas do dia 26 que atacavam o STF, o Congresso e a imprensa.
Durante o programa “Jornal da Manhã” do dia 24, o comentarista político afirmou que Jair Bolsonaro não tem “compostura, preparo, articulação política e reforça a crítica ao parlamento, estimulando atos neonazistas, como do próximo dia 26, que é claramente no sentido de fechar o Supremo [Tribunal Federal, STF], o Congresso e impor a ditadura”.
Essa foi a última participação de Marco Antônio Villa na rádio, que suspendeu seu contrato logo depois disso. Em sua resposta, Marco Antônio Villa afirmou que é “defensor da democracia e contra a ditadura, contra as pessoas que querem fechar o STF, invadir o Congresso Nacional, e aí incluem os nazistas, neonazistas”.
“Eu não acho que isso foi uma deselegância, adjetivação, isso é conceituar, e assim sempre fui durante os anos em que estive na rádio”, rebateu.
“Quando alguém defende o fechamento do Supremo e a invasão do Congresso, isso é o neonazismo, sim”, reafirmou.