O reajuste dos aposentados e pensionistas do INSS que ganham menos, ou seja, os que ganham um salário mínimo, vai ser menor este ano.
O aumento vai acompanhar o reajuste do salário mínimo, que é usado como piso para aposentadorias, pensões e BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Como o reajuste do mínimo foi definido pelo governo, no final de dezembro, em 4,1%, abaixo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada, de 4,48%, o reajuste será menor do que os aposentados que recebem mais do que um salário mínimo, que vai acompanhar o índice de 4,48%.
Com isso, o reajuste para os aposentados que recebem o mínimo ficou abaixo da inflação, como o dos demais trabalhadores que ganham salário mínimo, e seguindo o que parece ser a lógica do atual governo: os mais necessitados serão os mais prejudicados.
Até 2019, o reajuste do salário mínimo adotava a regra que considerava a inflação do ano anterior mais o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos anteriores. Quando acontecia de o resultado do PIB ser negativo, considerava-se apenas a inflação para o cálculo do reajuste.