Apenas 3% dos americanos creem na versão de Trump sobre a eleição
Segundo pesquisa feita pela agência Reuters e o instituto Ipsos, quase 80% dos norte-americanos reconhecem o presidente eleito Joe Biden como vencedor da eleição do dia 3.
A vitória do democrata Biden foi apontada no sábado por projeções dos diversos meios de comunicação – inclusive a Fox News, que apoiou Trump durante os últimos quatro anos -, ao ultrapassar a marca dos 270 votos no Colégio Eleitoral com o resultado na Pensilvânia.
No voto popular nacional, Biden tem quase cinco milhões de votos a mais e está vencendo por 50,7% a 47,6%. O comparecimento às urnas foi o maior em um século; o voto não é obrigatório nos EUA.
A consulta, de caráter nacional, foi realizada entre a tarde de sábado e a manhã de terça (10), e mostra que 79% dos adultos acreditam que Biden foi eleito, comparado com apenas 3% que dão a vitória a Trump. Para 13%, a eleição ainda não está decidida. Foram ouvidos cerca de 2 mil eleitores.
Dos entrevistados que se identificaram como eleitores republicanos, seis em cada dez reconheceram o resultado a favor de Biden. Entre os democratas, há praticamente unanimidade sobre a vitória de Biden.
De acordo com a pesquisa, a alegação de Trump de “fraude generalizada” não está colando. O levantamento mostrou ainda que 70% dos entrevistados – incluindo 83% dos democratas e 59% dos republicanos – acreditam que as autoridades eleitorais locais “fazem seu trabalho de maneira honesta”.
A pesquisa indica ainda que, 72% acreditam que o perdedor da eleição precisa reconhecer sua derrota. Para 60% dos entrevistados, haverá uma transição pacífica de poder em janeiro.
Trump segue se recusando a reconhecer a derrota. Ele vem repetindo, sem provas, que a eleição foi “fraudada” e que ganhou “de lavada” nos “votos legais”. Antes que a apuração dos votos estivesse concluída, se autodeclarou vencedor.
Além de acionar seu advogado faz-tudo Rudy Giuliani para apelar no tapetão, Trump convocou para sábado protestos contra a vitória de Biden e prometeu voltar a fazer comícios nos Estados-pêndulo cuja disputa decidiu o resultado da eleição presidencial.
Seu chefe do Departamento de Estado, Mike Pompeo, criticou os governos que ligam para Biden para parabenizá-lo, acrescentando que em janeiro haverá uma transição pacífica para “um segundo mandato de Trump”.