Nove estados brasileiros solicitaram à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de importação da vacina contra o coronavírus Sputnik V, produzida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. As solicitações foram feitas na última quinta-feira (1), pelo Acre, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Sergipe

A medida visa garantir a análise da documentação do imunizante russo pela agência federal. Desde o início de 2021, a União Química, que possui acordo com o Fundo Soberano Russo para produzir a Sputnik V no país, sofre com os entraves da Anvisa para realizar o pedido de uso emergencial da vacina.

A vacina é uma das negociadas pelo Ministério da Saúde e já está incluída no cronograma com previsão de entrega já para o mês atual. O governo federal comprou 10 milhões de doses, e espera 400 mil até o final de abril, 2 milhões no fim de maio e 7,6 milhões em junho.

Outro acordo articulado pelos governadores do Nordeste, formalizou a compra de 37 milhões de doses do imunizante junto ao Fundo Soberano Russo. O início da importação, que ainda depende da aprovação da Anvisa, também está previsto para o mês de abril.

Em nota, a agência também informou que uma reunião técnica entre a diretoria e os governadores deverá ocorrer na semana que vem para tratar do procedimento de autorização.

Na quarta-feira (31), a agência havia confirmado que recebeu parte dos documentos que faltavam no processo de pedido de uso emergencial da Sputnik V. O material já está sendo avaliado pelos técnicos, mas a Anvisa já informou que ainda há pendências. Por isso, o prazo de 7 dias para avaliar a autorização para uso emergencial permanece suspenso até a apresentação da documentação pendente.

Na terça-feira (30), a farmacêutica União Química afirmou ter concluído a produção do primeiro lote da vacina Sputnik V envasada no Brasil com base na transferência tecnológica do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da Rússia para a empresa brasileira.