Amazon suspende rede ‘Parler’ usada para articular golpe trumpista
A rede de internet ‘Parler’, utilizada pelos fascistas seguidores de Trump, foi suspensa pelas grandes empresas do setor – Amazon, Google e Apple -, na segunda-feira (11), porque “não tem métodos eficazes para cumprir os termos do serviço e representa um risco muito real para a segurança pública”.
As plataformas denunciam que a rede não tomou medidas para evitar a disseminação de postagens de apoiadores de Trump incitando a violência, depois da invasão ao Congresso dos Estados Unidos, ao contrário, tem permitido sua repercussão que se revela cada vez mais ruinosa e perigosa.
Sem aceitar a medida, nem se comprometer em assumir a vigilância quanto a convocações de mais articulações de caráter golpista, a rede entrou com um processo contra a Amazon.
De acordo com informações da Reuters, a Parler não entra no mérito de suas atividades ilegais e acusa o serviço de hospedagem, Amazon, de violar a lei antitruste ao suspender sua conta.
Como já dissemos, a Parler teve papel importante para o agravamento dos atos criminosos incitados por Trump em Washington na última semana, que levaram ao banimento do presidente e de seus apoiadores em mais de 10 plataformas, a começar pelo Twitter e Facebook.
No assalto ao Congresso dos EUA houve cinco mortos, inclusive um policial, deputados e senadores tiveram que se esconder para não caírem nas mãos da turba, que inclusive clamava pelo enforcamento do vice-presidente do país, Mike Pence, e pela cabeça da presidente da Câmara, Nancy Pelosi.
Com a atitude da Amazon, Apple e do Google, outras plataformas também removeram seus suportes para a Parler. De acordo com o diretor da rede, John Matze, “a maioria das empresas com servidores suficientes para hospedar [a rede] fechou suas portas” para a empresa.
Apesar das graves acusações de descumprimento de termos de serviço da Amazon, a Parler mexe seus contatos com o governo de Trump, que ainda tem alguns dias de mandato, para tentar voltar ao ar. “Existe a possibilidade da Parler ficar indisponível na internet por até uma semana enquanto reconstruímos do zero”, afirmou Matze. A Amazon ainda não se posicionou sobre o processo.