A revista Época informa que “o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu na sexta-feira (23) que o TCU determine, em decisão cautelar, que o governo afaste Ricardo Salles do cargo de ministro do Meio Ambiente e mantenha o orçamento da pasta”.

Por Altamiro Borges*

No pedido, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado citou inúmeros crimes cometidos pelo devastador ambiental e concluiu: “Considerando que o referido ministro insiste em atuar de forma contrária ao nosso texto constitucional, entendo que não há como mantê-lo no cargo”.

Lucas Rocha Furtado também pediu que o TCU apure se são viáveis as promessas do cínico Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima. Entre outras mentiras, o farsante disse que dobraria as verbas dos órgãos de fiscalização ambiental. Pouco após o seu discurso, porém, o governo anunciou o corte de R$ 240 milhões do orçamento do ministério.

“Questiono como pode num dia o governo defender que irá reduzir o desmatamento ilegal e as emissões de gases poluentes; e no outro dia, cortar o orçamento do meio ambiente. Estamos vivendo de aparências?”, perguntou o subprocurador, que tachou de “estapafúrdia” a fala do devastador Jair Bolsonaro.

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Altamiro Borges* é jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e membro do Comitê Central do PCdoB.

 

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