Com a presença de mais de 500 organizações populares, uma plenária virtual realizada nesta terça-feira (26) decidiu convocar uma megacarreata contra o “capetão” Jair Bolsonaro e apoiar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a ação genocida do governo na pandemia do coronavírus – já batizada de CPI da Covid. O clima está esquentando!

Por Altamiro Borges*

A proposta inicial é de que o megaprotesto ocorra em 21 de fevereiro. Antes disso, como forma de preparação, de esquenta, seriam feitas carreatas em bairros populares nas principais cidades do país já a partir da próxima semana. A plenária unitária teve a participação das frentes Brasil Popular e Brasil Sem Medo, que reúne o grosso dos movimentos sociais brasileiros.

Já a decisão de reforçar a proposta da criação da “CPI da Covid”, apresentada pelos partidos de oposição na Câmara Federal, visa emparedar o general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, e o presidente Jair Bolsonaro. O primeiro, o tal “craque em logística”, está para cair. E o segundo pode sofrer impeachment por genocídio premeditado.

Muitos juristas, inclusive os mais cautelosos sobre o tema, já falam em crime de responsabilidade do presidente assassino. Já a ideia da investigação dos crimes cometidos na pandemia – como o que gerou as chocantes mortes por asfixia em Manaus devido à falta de oxigênio – passou a empolgar até setores que apoiaram a eleição do fascista. Nesta segunda-feira (25), o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a criação de uma CPI sobre o tema.

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Altamiro Borges* é jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e membro do Comitê Central do PCdoB.

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