A amiguinha da famiglia Bolsonaro não vai mais “cuidar” do patrimônio histórico. Na quarta-feira (10), a Justiça Federal do RJ suspendeu a nomeação de Larissa Rodrigues Peixoto Dutra para o cargo de presidenta do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Outra derrota do clã!

Por Altamiro Borges*

Na sentença, o juiz Adriano de Oliveira França, da 28ª Vara Federal, argumentou que Larissa Rodrigues Peixoto Dutra não tem formação nem experiência profissional compatíveis com o cargo. A decisão decorre de uma ação popular movida pelo deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ).

O deputado festejou a decisão da Justiça: “A nomeação de Larissa Rodrigues era evidentemente ilegal, porque seu nome não preenchia os requisitos legais para o cargo. Como o juiz bem pontuou, nomear alguém sem qualificação significa paralisar o órgão indiretamente”.

A famiglia acima de tudo e de todos

O Iphan é ligado ao Ministério do Turismo, chefiado pelo laranjão Marcelo Álvaro, que pode recorrer da sentença. A nomeação de Larissa Rodrigues, porém, é uma aberração. Desqualificada para o cargo, ela só ganhou o presentinho em função de suas relações carnais com a famiglia Bolsonaro.

A enxotada do Iphan se casou em 2013 com Gerson Dutra, mais conhecido como Patropa, agente da Polícia Federal que trabalhou na segurança de Jair Bolsonaro em 2018. Desde então, ele é próximo de Leonardo de Jesus, o Leo Índio, primo dos filhos do presidente. A famiglia acima de tudo!

O laranjão do Turismo segue impune

Por falar em Marcelo Álvaro, o laranjão do Ministério do Turismo, vale registrar que “após oito meses do oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, a Justiça ainda não decidiu se aceita a acusação contra o ministro no caso do esquema de candidaturas de laranjas do PSL de Minas Gerais”, informa a Folha.

A denúncia contra o laranjão do PSL foi feita em outubro de 2019 e o processo foi remetido ao STF. “A investigação, iniciada com base em reportagens da Folha, concluiu que o ministro fez parte do esquema de desvio de recursos públicos por meio de candidaturas femininas de fachada”.

Marcelo Álvaro, o ministro do Turismo que nomeou a amiga íntima do clã Bolsonaro à presidência do Iphan, é acusado de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recursos eleitorais e associação criminosa. Até hoje, porém, ele permanece livre e solto no laranjal.

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