A crise do modelo de negócios da mídia hegemônica segue em ritmo acelerado – e se agrava em função dos impactos econômicos da pandemia da Covid-19. A coluna “Notícias da TV” do site UOL destaca que a “Globo demite veteranos e muda a cúpula do Jornalismo em São Paulo”. As mudanças são bruscas e profundas.

Por Altamiro Borges*

Segundo a matéria, “a Globo anunciou nesta terça-feira (1º) a demissão de sete jornalistas veteranos, entre eles Luís Fernando Silva Pinto, que era correspondente em Washington desde 1986. As principais mudanças, no entanto, foram na direção de Jornalismo de São Paulo e no Globo Repórter”.

Entre outras experientes jornalistas cortadas pelo império global estão Cristina Piasentini, que estava há 12 anos no cargo de chefia; Silvia Sayão, que chefiava o programa de grandes reportagens; e Maria Thereza Pinheiro e Teresa Cavalleiro, que comandavam a área de Projetos Especiais.

Segundo a coluna, “as substituições de veteranos são consequência da aposentadoria de Silvia Faria, número dois da hierarquia do Jornalismo da Globo. Em agosto, ‘Notícias da TV’ antecipou que Silvia, que ocupava o cargo de diretora desde 2012, também sairá da função no fim deste ano”.

Em longo comunicado, o poderoso e temido Ali Kamel, diretor-geral de Jornalismo da Globo, anunciou essa “revolução na chefia” da emissora e fez rasgados elogios aos demitidos. Tudo muito bonito, emocionante, mas nenhuma explicação consistente foi prestada sobre o futuro do império global!
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Altamiro Borges* é jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e membro do Comitê Central do PCdoB.

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