O fascista Jair Bolsonaro, que ama o coronel-torturador Brilhante Ustra e diz que a ditadura matou poucos, vetou dar o nome de João Goulart a um trecho da rodovia Belém-Brasília. O ex-presidente foi deposto pelo golpe militar de 1964. De imediato, o filho do democrata, João Vicente Goulart, reagiu com ironia à decisão: “É até um elogio, vai para o currículo”.

Por Altamiro Borges*

O veto foi publicado na edição desta quinta-feira (14) do Diário Oficial da União. Entre as justificativas apresentadas para a medida absurda, o governo alega que figuras da história podem ser homenageadas desde que “não seja inspirada por práticas dissonantes das ambições de um Estado Democrático”. Ou seja: o fascista posa cinicamente de democrata!

Diante de tamanha patifaria, João Vicente Goulart declarou ao jornal O Globo: “Jango jamais admitiria ser homenageado por esse atual presidente. Esse veto, partindo de Bolsonaro, é até um elogio. É para colocar no currículo de João Goulart”. O filho do ex-presidente ainda classificou o veto como “perseguição” ao pai vinda de um capitão que odeia a democracia.

“É mais uma perseguição, como tantas outras. Nada me surpreende vindo de Bolsonaro. Ele tem ódio e resistência a todos que pertenceram à história e não será o corte do nome de Jango de uma rodovia, muito menos vindo da lavra dele, que irá tirar o Jango da história nacional. Tenho minhas dúvidas sobre como ele, Bolsonaro, vai entrar para a história”.

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*Jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e membro do Comitê Central do PCdoB.

 

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