Enquanto Arthur Lira, presidente da Câmara Federal e cacique do Centrão, não destrava o processo de impeachment do facínora Jair Bolsonaro, o desemprego segue em alta no Brasil. Dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad-Contínua) do IBGE divulgados nesta quarta-feira (30) mostram que a taxa se manteve no patamar recorde do período anterior, registrando 14,7% no trimestre encerrado em abril.

Por Altamiro Borges*

“Essa taxa e o contingente de desocupados mantêm o recorde registrado no trimestre encerrado em março, o maior da série histórica desde 2012”, afirma o relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. No período pesquisado, com mais 489 mil desocupados, 14,8 milhões de brasileiros encontram-se na fila do desespero por uma vaga de trabalho.

Adriana Beringuy, analista da pesquisa do IBGE, acrescenta que o nível de ocupação está em 48,5%, o que indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país. “O cenário foi de estabilidade da população ocupada (85,9 milhões) e crescimento da população desocupada, com mais pressão sobre o mercado de trabalho”, alerta a pesquisadora.

Em abril do ano passado, quando o Brasil sentiu os primeiros impactos da pandemia da Covid-19, a taxa de desemprego estava em 12,6%, o equivalente a 12,8 milhões de pessoas. Incompetência, negacionismo, genocídio premeditado e lucro macabro (haja propinas) do laranjal bolsonariano só agravaram esse quadro sombrio.

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*Jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e membro do Comitê Central do PCdoB.

 

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