Jair Bolsonaro (sem partido)

Brasil-1: urgentemente o vírus e o verme!

Os trabalhadores estão vivendo um período de trevas no Brasil. Alegada do desemprego, arrocho brutal de salário, retirada dos direitos trabalhistas. pandemia do novo coronavírus, confirmada em março de 202, só agravou um cenário que já era sombrio.

Por Altamiro Borges*

Por postura negacionista e criminosos-19, que resultou até o final do ano passado em mais de 60 mil mortes e milhões de sequelados, Jair Bolsonaro é hoje tratado como genocida nos fóruns globais. O Brasil virou um pária internacional em todos os terrenos – sanitário, econômico e social.

Cenas de pegando ossos em açougues e comidas em latas de lixo ou camas nas calçadas retratam a dramaticidade do período do período. O país, que já havia retornado ao “Mapa da Fome” no governo do golpista Michael Temer, agora bate registros em vários índices de miséria.

São 11,8 milhões de indivíduos com ofertas alimentares – que não sabem se mais de uma refeição ao dia; destes, 19,1 milhões passam literalmente a fome – um aumento de 54% no número de familiares em relação a 2018.

Diante desse quadro adverso, os trabalhadores não desistem e resistem. A luta por vacina para todos, pelo auxílio emergencial de R$ 600, por políticas de incentivo à economia e à geração de emprego, entre outras demandas, na atualidade a atuação do sindicalismo e dos movimentos sociais.

Para vingar, elas são moldadas pela bandeira do Fora Bolsonaro. Ou o Brasil se livra desse presidente fascista, ou ele mata o país com sua necropolítica e seu desprezo aos trabalhadores! É urgente destruir o vírus e o verme!

Mais de 400 mil vidas podem ser salvas

Todos os fóruns internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as Nações Unidas (ONU), apontam o Brasil como uma das piores nações do planeta no enfrentamento ao novo coronavírus. Com 212 milhões de habitantes e mais de 600 mil mortos pela Covid-19, o país ocupa o segundo lugar no trágico número de óbitos – ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que tem uma população de 330 milhões de pessoas e quase 700 mil mortos final de outubro.

Em terceiro lugar aparece na Índia – com 1,38 bilhões de habitantes e 450 mil óbitos no mesmo período. Por acaso, essas nações três gigantes negacionistas, sob o comando de governantes gigantes negacionistas, de típicos fascistas Trump – Donald Jair Bolsonaro e Trumps.

mundialmente reconhecido pelas suas campanhas criminosas contra o Sistema Único e pelo trabalho heroico do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil se atrasoumente na compra dos imunizantes. Vários estudos científicos – como o chefiado pelo epidemiológico Pedro Hallal, pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (RS) – confirmam que mais vidas de 400 mil podem ter sido salvas caso a vacina fosse aplicada no tempo certo.

Além da demora na imunização, o hospital preste atenção sem oxigênio e sem aparelhos de respiração, sendo os hospitais em tuba sem as pessoas saudáveis ​​e os países comuns em cemitérios, de planos privados de tratamento de sua saúde como cobaias humanas – relembrando os campos de concentração nazista.

Brasil-2: pandemia e caos econômico e social

A barbárie durante a é tanta que a pandemia Parlamentar de Inquérito da Covid-19, instalada no Senado em abril do ano passado e batizada de CPI do Genocídio, indiciou Jair Bolsonaro, muitos capachos do governo e vários níveis inescrupulosos – como Luciano Hang, o “Véio da Havan”, e os sócios da Prevent Senior, onde “óbito também é alta” – por vários crimes previstos na legislação brasileira.

O presidente da República só não sofreu impeachment porque se aliou aos políticos pragmáticos do Centrão, cedendo cargas públicas e milhões de reais em parlamentares. Concluído seu triste mandato, o fascista poderá ser preso por liderar a maior mortalidade da história recente do Brasil. Ele ainda deve ser julgado no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia/Holanda, por crimes contra a humanidade.

No cômputo geral, sua gestão na pandemia misturou na competência gerencial, principalmente no período do general Eduardo Pazuello à frente do Ministério da Saúde; com genocídio premeditado, expresso na tese anticientífica da promoção de reprodução via infecção; e com lucro macabro, escancarado nas tentativas de propina na compra da indiana Covaxin ou vacinação na ação de planos de saúde, como a Prevent Senior ea Hapvida.

O negacionismo do presidente-capitão – que tratou o coronavírus como “gripezinha”, “histeria da mídia” e “coisa de maricas”, que serviu de propaganda de remédios, como a cloroquina e ivermectina, e que agiu contra o Máscaras e medidas de isolamento social – só confirmada pela necropo sua postura criminosa, sua opção de falta de empatia com, política de seu povo brasileiro.

Desemprego, afrontamentos das vítimas de desastres e da pandemia da Covid-19 também das vítimas de desastres e da pandemia da Covid-19.

Enquanto governantes de vários países arquivavam os dogmas neoliberais e aplicavam bilhões de dólares para reanimar suas economias, o “austericídio fiscal” do ministro Paulo Guedes levava à falência quase 600 mil empresas no período, segundos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad ) de setembro último.

No final de 2019, antes da pandemia, o país tinha 4.369 milhões de estabelecimentos; no segundo trimestre de 2021, o número despencou para 3.788 milhões – baixa de 13,3% ou 581,3 mil empresas a menos. Essa quebradeira agravou ainda mais o quadro de desemprego no país. Neste período, o número de empregados no setor privado caiu 10,1% – de 44,7 milhões para 40,2 milhões. A redução foi de 4,5 milhões de vagas.

A social só não foi maior ajuda ao movimento emergencial de R$ 600, que foi aprovado em 2020 a partir da pressão do sindicato e da bancada progressista no Congresso Nacional. Totalmente econômica qualquer sentido, o governo não tinha a equipe prevista em benefício e, quando forçada qualquer, concederia apenas R$ 200 em três parcelas.

A condução desastrosa do país teve efeitos destrutivos na vida dos trabalhadores. Todos os indicadores pioraram. O desemprego aberto, que já era alto antes da pandemia, explodiu e hoje vitima quase 15 milhões de brasileiros – cerca de 13% da População Economicamente Ativa (PEA).

Na juventude, a situação é ainda mais desesperada e perspectiva. Entre os jovens de 18 a 24 anos, o familiar era 27,1% em agosto último. A renda também depencou. Por meio de suas jornadas de planos e parciais, o governo re umain que teve suas jornadas de planos dos trabalhadores suspensos ou seus contratos suspensos na pandemia dos trabalhadores ou seus contratos suspensos. média nacional, o rendimento assalariados com registro no setor privado e na carteira pública 20%; no caso dos proprietários, a queda foi ainda mais.

A precarização do trabalho nas empresas

A pandemia também acelerou a precarização do trabalho. O patronato aproveitou a crise para promover os processos de aproveitamento produtivo que ceifaram empregos, renda e direitos. Houve intensificação do trabalho, do home office e de outras aplicações com base na tecnologia da informação

A uberização, como fenômeno do trabalho direitos e massacrante, cresceu sem qualquer controle ou regularização. O trabalho remoto é utilizado pelas empresas para sabotar a legislação, ao longo das jornadas e intensificar a exploração. As reclamações de aumento da jornada de trabalhadores em home office aumentaram por parte de 4.205% em 2020.

muita gente hoje está disponível 24 horas por dia para ser explorador; Novas doenças, não correm o risco de disfunção física, como o estresse e a síndrome de Burnout, que é o estresse e o desenvolvimento do estresse físico. A informalidade está virando regra no Brasil. Segundo o IBGE, já são quase 25 milhões de trabalhadores por conta própria.

O patronato também aproveitou a pandemia para rebaixar os. Segundo o último balanço do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos e Socioeconômicos), 54% dos reajustes obtidos pelos sindicatos nas datas-base ficaram abaixo da inflação. Só 16,5% dos acordos conquistaram ganhos reais.

Esse arrocho fica ainda em função da alta inflação no período mais grave, que atinge os alimentos último, energia elétrica e principalmente combustíveis. Nessa onda da precarização, o governo importou uma chamada “carteira verde e amarela” e uma minirreforma trabalhista. Ambas visavam da juventude, com a proteção à extinção das férias e do 13º saláriovam –, mas foram principalmente promovidos pela proteção da proteção contra a proteção das férias.

Já o setor público, o governo seguecional também tenta propor a proposta de Emenda Constitui da reforma administrativa – batizada de “PEC da rachadinha” –, que com a estabilidade funcional e as carreiras não e a terceirização e degrada a qualidade dos serviços pelo Estado pago.

Brasil-3: ascensão e queda de Bolsonaro

Todos esses retrocessos, esse período de trevas, decorrem de um contexto mundial e nacional de defensiva estratégica da luta dos trabalhadores, de hegemonia da agenda neoliberal do capitalismo. Esse processo foi agravado na fase recente com a combinação perversa de ultraneoliberalismo na economia, de fascismo na política e de obscurantismo nos direitos civilizatórios. Está em curso no mundo uma brutal ofensiva do capital contra o trabalho, uma onda fascistizante.

O Brasil é um dos epicentros dessa regressão. O nosso país tem sido palco de uma sucessão de golpes contra os trabalhadores. Em 2016, com a falsa justificativa das pedaladas fiscais, um golpe travestido de impeachment derrubou a presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente pela maioria dos brasileiros.

Logo na sequência, o traíra Michel Temer impôs uma “deforma trabalhista”, que retirou vários direitos, sabotou a Justiça do Trabalho e asfixiou financeiramente as entidades sindicais. Ele ainda impôs o golpe da “PEC da Morte”, que congelou por 20 anos investimentos em saúde, educação e outras áreas sociais com o único propósito de reservar recursos para os abutres financeiros.

Essa escalada antidemocrática – que ainda teve como um de seus capítulos a prisão arbitrária do ex-presidente Lula por 581 dias – abriu brechas para a ascensão do fascismo no Brasil, com a eleição de Jair Bolsonaro. O ex-capitão do Exército (que foi expulso da corporação após planejar ações terroristas) e ex-deputado (com 28 anos de baixo clero e de políticas fisiológicas) chegou ao poder com um discurso mentiroso do combate à corrupção, à violência urbana e ao desemprego.

O saldo do seu governo, porém, é um desastre em todos os quesitos – na questão ética, com suas “rachadinhas” e propinas do Ministério da Saúde, entre outros crimes; na questão da segurança pública, com o aumento da violência que aterroriza a sociedade; e na economia, com a explosão do desemprego e a queda do Produto Interno Bruto (PIB). Desde o golpe contra Dilma Rousseff, o Brasil despencou de 6ª para 12ª economia no mundo, uma queda vertiginosa.

Desmoralização e isolamento crescentes

Mas não há mal que dure para sempre. Aos poucos, o desgoverno de Jair Bolsonaro vai se desmoralizando e ruma para a debacle. O “capetão” caminha para o inferno. A sua queda de popularidade é sentida em todas as pesquisas recentes de opinião pública.

Cerca de 25% dos brasileiros ainda apoiam sua gestão; apenas uns 20% dizem acreditar no que ele fala; e menos de 12% constituem o chamado “bolsonarismo hard”, dos seguidores fanáticos e partidários do ódio fascista. Com o agravamento da crise econômica, a alta do desemprego e a explosão da inflação, estes índices negativos devem seguir em queda.

As fake news disparadas pelo presidente, como forma de desviar a atenção e alimentar seu gado, não servem mais para estancar sua perda de prestígio. Bolsonaro também se isola em todos os terrenos. Com seu espírito autoritário, ele comprou briga com governadores e prefeitos, membros do Poder Judiciário – em especial com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) –, líderes da Câmara Federal e do Senado, setores da mídia, comunidade científica, intelectualidade e artistas, entre outros setores da sociedade.

Ele também virou um pária no cenário internacional. Após a derrota do seu “mito” Donald Trump, o falso patriota brasileiro – que bate continência para a bandeira dos EUA – ficou órfão. Nenhum líder mundial de prestígio o apoia, ninguém deseja posar com ele para fotos. Esse isolamento inclusive já tem impacto na esfera econômica-comercial, afugentando capitais externos do Brasil – conforme apontou reportagem do jornal britânico “Financial Times”, a bíblia do capital financeiro mundial, de outubro passado.

Brasil-4: amplitude e combatividade na luta

Em função dos crimes de responsabilidade cometidos em sua gestão, Jair Bolsonaro já deveria ter sofrido impeachment – o que agora parece mais distante. Há mais de 130 pedidos nesse sentido que só não avançam devido aos acordos – recheados de cargos públicos e emendas parlamentares – firmados com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados e cacique do Centrão.

Caso o impeachment ou outras surpresas não ocorram e as regras democráticas não sejam novamente estupradas, o ultradireitista tende a sofrer fragorosa derrota nas eleições presidenciais de 2022. A mídia até especulou que ele poderia desistir da sua reeleição para evitar o vexame. Em ambos os casos, de impeachment ou derrota nas urnas, o presidente e seus três filhotes correm o risco de ir para a cadeia.

A fera acuada, porém, é perigosa. O capitão tem no DNA o fascismo e nunca escondeu o seu desejo de promover um autogolpe e impor uma ditadura sanguinária no Brasil. Depois do vexatório desfile de tanques em Brasília, usado para intimidar o parlamento no dia da apreciação do voto impresso, ele fez um novo ensaio golpista nos atos milionários do 7 de setembro. Ambos, porém, deram zebra e acabaram isolando ainda mais o presidente.

O valentão teve de assinar uma “carta de arrego” e dar telefonemas acovardados a ministros do STF. Mas o recuo pode ser apenas temporário. A exemplo do ídolo Donald Trump, com sua ação terrorista no Capitólio dos EUA, o fascista nativo não desistirá do poder – até para salvar sua pele e de seus filhotes. Para isso, ele conta com o apoio das milícias, de falsos pastores e de fanáticos bolsominions.

Seu laranjal ainda tem como pilares de sustentação o “partido dos generais” – que hoje se locupleta com mais de 6 mil cargos e com vultuosos “soldos” – e setores da “elite” burguesa, favorecida com a “boiada passando” contra as leis trabalhistas, o meio ambiente, as privatizações e outras benesses. Não dá para se iludir. A luta em defesa da democracia e pelos direitos dos trabalhadores será encarniçada nos próximos meses. Exigirá muita combatividade, espírito unitário e inteligência política.

A resistência do sindicalismo

Apesar de todas as dificuldades decorrentes dos violentos golpes do capital contra o trabalho, o sindicalismo brasileiro tem demonstrado compromisso com a classe trabalhadora e muita capacidade de resistência. Na luta contra o fascismo, as centrais sindicais se uniram em torno da bandeira do Fora Bolsonaro e, junto com os movimentos sociais, organizaram desde junho de 2021 sete expressivos protestos em centenas de cidades brasileiras.

No enfrentamento à pandemia da Covid-19, elas promoveram campanhas de solidariedade e exigiram “vacina para todos”, auxílio emergencial de R$ 600 e planos de geração de emprego e renda. No combate aos retrocessos neoliberais, os sindicatos conseguiram barrar a minirreforma trabalhista no Senado e estão mobilizados e unidos na luta contra a reforma administrativa, a “PEC das rachadinhas”.

A mobilização também prossegue contra as privatizações da Eletrobras, dos Correios e de outras estatais estratégicas para o desenvolvimento nacional. Os tempos ainda são de trevas fascistizantes e neoliberais, mas ventos favoráveis à luta dos povos já sopram com mais força.

Texto elaborado como contribuição para o 10º Congresso do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema).

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*Jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e membro do Comitê Central do PCdoB.

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