Miro Borges conversa com João Sicsú | Foto: vídeo do Youtube

O jornalista Altamiro Borges, no último sábado (19), recebeu em seu canal do Youtube (@blogdomiro), o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, João Sicsú que comentou sobre a gravidade da crise econômica brasileira e o papel do Estado.

Na entrevista, João analisa a situação econômica do país nessa pandemia, e para onde caminha a economia brasileira. “Está ruim desde 2015, mas em 2014 já estava fragilizada (…) vamos nos deparar com a realidade econômica mais dura da economia brasileira que é turbinada pelos efeitos da pandemia, mas já trazia um passado extremamente ruim e negativo, de 2015 até 2020 (…)”.

Para complementar sua análise, João Sicsú destaca que “estávamos no fundo do poço, no início de 2020, e percebemos que o fundo do poço era um alçapão; que ainda tinha uma tampa para ser aberta. Foi aberta. E aí nós caímos de novo. Então nós caímos no poço e depois percebemos que o poço tinha um fundo falso e que era possível cair de novo.”

Na opinião do economista, para sair da crise é preciso, em primeiro lugar, um grande programa de obras públicas no Brasil e, pensando na questão de como isso seria financiado, ele diz que só existem três formas, “existe a forma de endividamento, da emissão de dinheiro ou da tributação, não existe outro, isso é de manual de economia”.

Além disso, ele afirma que é preciso espalhar obras pelo por todo o país e, dessa forma, gerar renda e emprego, “não precisa ser muito criativo, quem propôs isso foi o Thomas Malthus, em 1830 quando a Inglaterra entrou em depressão, não tem nenhuma novidade, só é preciso ter bom-senso”, finaliza.

Assista a entrevista na íntegra:

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Quem é João Sicsú

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). Atualmente é professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Desenvolve suas pesquisas na área de macroeconomia (políticas e teoria). Foi Diretor de Políticas e Estudos Macroeconômicos do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) – órgão do governo federal – entre 2007 e 2011. Foi assessor parlamentar no Senado entre 2011 e 2017.

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