Jair Bolsonaro faz de tudo para agradar o “partido dos milicos”, que hoje é a principal base de sustentação do seu laranjal. O jornal Valor informa que, de janeiro a novembro do ano passado, “o gasto com os militares ativos aumentou 12%” na comparação com o mesmo período de 2019.

Por Altamiro Borges*

Já a despesa da União com os servidores civis ativos foi 0,5% menor, segundo dados do Tesouro Nacional. Conforme registra o jornal, “o efetivo controle do gasto com pessoal civil decorreu da lei complementar 173, que proibiu a concessão de qualquer vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração”.

“No caso dos militares, a situação foi diferente. O aumento das despesas no ano passado refletiu o impacto orçamentário decorrente da lei 13.954/2019, que reestruturou o Sistema de Proteção Social dos militares”. E os privilégios vão prosseguir para o poder fardado – que foi decisivo no golpe contra Dilma Rousseff, no assalto ao poder pela quadrilha de Michel Temer e na eleição do capitão Jair Bolsonaro.

“As proibições previstas na LC-173 valem até 31 de dezembro de 2021. Por isso, o governo continuará mantendo controle sobre a despesa com o pessoal ativo civil. Para eles, não haverá reajuste… Os militares, no entanto, continuarão tendo aumento, em decorrência da lei 13.954/2019”.

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Altamiro Borges* é jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e membro do Comitê Central do PCdoB.

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