Na semana passada, a Folha de S.Paulo revelou que o governo federal ganhou expirar o prazo de validade de um estoque de remédios avaliado em R $ 240 milhões. Marcelo Queiroga, já batizado de “Quedroga”, o quarto ministro da Saúde do “capetão” Bolsonaro, será responsabilizado por mais este crime contra a vida dos brasileiros e contra os cofres públicos?

Por Altamiro Borges*

De acordo com o jornal, “com a quantia desperdiçada seria possível comprar 4,5 milhões de doses da vacina da Pfizer contra Covid-19. Perderam-se 820 mil canetas de insulina e 12 milhões de doses de vacina contra gripe, hepatite B e varicela, por exemplo. Os demais remédios aliviariam pacientes com hepatite C, câncer, Parkinson, Alzheimer, tuberculose, doenças raras, esquizofrenia, artrite reumatoide e problemas renais “.

Ainda segundo a matéria, “os 3,7 milhões de itens na logística central em Guarulhos (SP) serão agora incinerados, embora muitos deles faltem em unidades básicas de saúde do país. Só em medicamentos de alto custo adquiridos pelo SUS por ordens da Justiça , R $ 32 milhões virarão fumaça “.

Em editorial, o jornal até pega leva com o “Quedroga”, o doutor oportunista, que tentou fugir de suas responsabilidades em recente audiência pública. “Com menos de seis meses no Ministério da Saúde e três antecessores no mesmo governo, Marcelo Queiroga sem dúvida enfrenta problemas para se anteriores dos múltiplos fiascos da massa – e o caso dos medicamentos vencidos é só o mais recente deles”.

Mas os dados obtidos pela Folha comprovam que a maioria dos produtos agora descartados teve como datas de validade ultrapassadas já no governo Bolsonaro. “Tal desastre não chega a surpreender, pois o presidente tem feito de tudo para tumultuar o ministério, trocando sucessivamente de ministro na pior emergência sanitária enfrentada pelo país”. O “capetão” negacionista e seu ministro “Quedroga” são culpados por mais esse crime!

__
*Jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e membro do Comitê Central do PCdoB.

 

As opiniões aqui expostas não refletem necessariamente a opinião do Portal PCdoB