O site da Agência Sindical festeja uma vitória temporária dos servidores públicos nesta sexta-feira (21): “Adiada a votação da Proposta de Emenda Constitucional 32/2020 – da reforma administrativa – na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara”. A PEC deve voltar à pauta na próxima semana. Por isso, segue a pressão do sindicalismo para derrotá-la.

Por Altamiro Borges*

Para André Santos, analista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o adiamento se deu por dois motivos básicos: a pressão sindical sobre o Congresso Nacional e os conflitos internos no laranjal bolsonariano. “Até na base governista não há consenso pela aprovação da proposta como está”, afirmou à Agência Sindical.

O site explica que “os congressistas sentem a pressão dos servidores públicos, principalmente do setor da segurança, que compõem a base do governo. ‘Estamos perto do período eleitoral. Matérias como essa dificilmente são pautadas. Os parlamentares pensam no impacto em seu eleitorado’, afirma André Santos”.

Sindicalismo intensifica a pressão

A pressão sindical contra a “deforma administrativa” – que deteriora os serviços públicos ao sabotar a estabilidade e as carreiras do funcionalismo, entre outros retrocessos – seguirá nos próximos dias. Ela une todas as centrais sindicais e as inúmeras entidades dos servidores públicos federais, estaduais e municipais dos três poderes.

Como afirma Antônio Carlos Fernandes Lima, coordenador do Movimento Basta e presidente da Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas de Estado (Conacate), “trabalhamos pela não-votação da proposta, que desrespeita os servidores e a sociedade. Essa PEC conseguiu unificar setores privado e público como jamais tinha acontecido. É vitória da sociedade, do sindicalismo e do belo trabalho que os parlamentares de oposição estão fazendo na CCJ”.

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Altamiro Borges* é jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e membro do Comitê Central do PCdoB.

 

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