A deputada federal (PCdoB-BA) Alice Portugal defendeu a união entre os partidos do campo progressista já no primeiro turno das eleições. Para ela, os ‘partidos do golpe’ já estão unidos entre as candidaturas de Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB), e que só uma aliança entre a esquerda pode derrotar o avanço do conservadorismo.

“O campo do golpe está unificado, porque Alckmin é igual Bolsonaro que é igual Temer, e eles querem vencer a eleição para legitimar o golpe. Não podemos permitir, então conclamamos à unidade, para que unidos vençamos as eleições”, disse a deputada, em entrevista ao Brasil 247.

Alice acredita que esta semana, quando as movimentações partidárias estão mais intensas por conta das convenções, deve ser decisiva para a construção de uma chapa mais robusta. “É preciso estar despido de vaidades para construir esta aliança, porque isso foi feito pela candidatura da banca financeira, então é preciso que façamos o mesmo na aliança do povo. É fundamental ter um nome que una nosso campo”, explica.

Mesmo com a pré-candidatura presidencial de Manuela d’Ávila encaminhada, a deputada comunista ressalta que o nome do ex-presidente Lula (PT) é o mais forte da esquerda.

“Temos uma candidata maravilhosa, que é vocalizadora de um projeto nacional de desenvolvimento, mas que também defende o direito de Lula estar livre e concorrer à presidência. Se isso ocorrer, não tem outro nome para a esquerda além dele”, ressalta.

“Entretanto, é preciso ter bem claro que se isto não acontecer, precisamos ter maturidade e fazer a leitura do momento, ouvindo o próprio Lula e os partidos do nosso campo, para construir uma outra candidatura”, completa a deputada.