Annalena Baerbock, do Partido Verde, Olaf Scholz, do SPD e Armin Laschet, do CDU

Os eleitores alemães decidem neste domingo (26) quem vai governar o país após a aposentadoria da chanceler Angela Merkel, depois de manter-se no poder por 16 anos.

Segundo as pesquisas, as preferências dos eleitores estão pulverizadas e nenhum dos grandes partidos alemães têm aparecido com mais de 30% das intenções de voto, o que poderá – se confirmado – dificultar a formação de coalizões no Bundestag (câmara baixa do parlamento federal).

Três candidatos têm liderado em algum momento as pesquisas: Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD), Armin Laschet, da União Democrata Cristã (CDU) – mesmo partido de Merkel – e Annalena Baerbock, do Partido Verde. Às vésperas da eleição, o candidato do SPD liderava com 26%, seguido pelo pretendente do CDU com 21%.

Há possibilidade de que o futuro governo alemão fique a cargo de uma coalizão de pelo menos três partidos, algo que não ocorre no país desde o fim dos anos 1950. Negociações para a formação podem se arrastar por meses, adiando a aposentadoria de Merkel, a primeira chefe de governo alemã do pós-guerra que vai deixar o poder por decisão própria. Esta também é a primeira eleição desde 1949 que não conta com um chanceler no poder em busca da reeleição.

O eleitorado alemão conta com cerca de 60 milhões com mais de 18 anos aptos a votar. Muitos já votaram pelo correio. Cerca de 2,8 milhões de jovens eleitores, que só conhecem Merkel no poder, vão votar pela primeira vez. A campanha foi dominada por temas como mudança climática, imigração, gestão da pandemia de covid-19 e o futuro da economia numa era pós-Merkel.

Logo após encerramento da votação será divulgada pesquisa de boca de urna, que é seguida por projeções baseadas em apurações parciais em distritos eleitorais representativos. Os resultados finais têm diferido pouco das primeiras projeções.