As francesas tomaram as ruas de Paris para exigir o fim do corte de direitos previdenciários perpetrado por Macron através de um draconiano decreto do executivo, sem passar por votação no Parlamento.

Uma das alas da manifestação de dezenas de milhares nas ruas da capital francesa era composta por filiadas a sindicatos ligados à Confederação Geral do Trabalho, a CGT. Para ironizar o primeiro-ministro Édouard Philippe, que dissera que “as mulheres são as que mais ganharão com a reforma”, o bloco das ativistas sindicais se denominou de “Mulheres Grandes Vitoriosas”.

A Central lançou a convocação para a participação no Dia Internacional da Mulher no dia 5, denunciando que as mulheres são as mais prejudicadas com a “reforma” sem votos de Macron.

Segundo o levantamento da CGT, a média de aposentadoria das mulheres saltará de 57 para 62 anos. Centenas de milhares vão perder adicional de periculosidade, a exemplo das enfermeiras. Compensações às mulheres que têm filhos também são cortadas na antirreforma de Macron.

As francesas também denunciaram com cartazes, músicas, palavras de ordem e coreografias a violência contra as mulheres e a desigualdade salarial e de oportunidades de emprego.

A CGT também exige uma legislação que puna os patrões que discriminam as mulheres e condena a atual situação criada com os chamados “empregos parciais” (sem carteira assinada nem direitos trabalhistas) que são exercidos casos por mulheres em 80% dos casos.