Deputados criticam custo de férias de Bolsonaro enquanto povo tem fome
Enquanto o povo brasileiro vive entre a fome e a covid, os 19 dias de descanso de Bolsonaro custaram aos cofres públicos cerca de R$ 2,5 milhões. Em outras palavras, as férias fora de hora do presidente da República custaram ao país algo como R$ 131 mil por dia.
Os gastos englobam hospedagem, alimentação, bebidas, passeios e entretenimento, locomoção, passagens aéreas, contratação de terceirizados. Só no cartão corporativo, o gasto foi de R$ 1.196.158,40. Para a manutenção e combustível dos aviões usados em seus passeios, mais R$ R$ 1.053.889,50. Teve, ainda, R$ 202.538,21 com diárias da equipe de segurança.
As férias de fim de ano de Jair Bolsonaro voltaram à pauta desta semana. Isso porque o valor da viagem foi divulgado nesta quarta-feira (23) pela Secretaria-Geral, em atendimento a um pedido feito via Lei de Acesso à Informação (LAI). De acordo com a Pasta, os sete dias de lazer de Bolsonaro em Santa Catarina custaram quase R$ 900 mil aos cofres públicos.
No período, Bolsonaro andou de jet ski e visitou um parque de diversões, entre outras atividades, enquanto Minas Gerais e a Bahia foram atingidos por fortes chuvas.
Deputados do PCdoB estão entre os críticos dos gastos presidenciais. Eles lembraram que Bolsonaro esbanja enquanto milhões de brasileiros passam fome, outros milhares estão desempregados e o país ainda está longe de controlar a pandemia de Covid-19.
“Quase um milhão de reais em sete dias enquanto a Bahia sofria com as enchentes. Enquanto o Brasil enfrenta a pandemia e milhares de famílias passam fome. É mais do que uma vergonha, chega a ser criminoso!”, condenou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) reforçou a crítica. “Bolsonaro torrou R$ 900 mil curtindo uma vida nababesca em suas férias. Jet Ski, lancha, rolezinho no Beto Carrero, tudo pago com dinheiro público, enquanto o povo sofre na fila do osso ou vai atrás do que comer no lixo”, disse.
A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) também comentou os custos. Para ela, é “o Brasil ladeira abaixo”. “Sem falar que Bolsonaro gastou até o fim do ano passado R$ 29,6 mi com cartões corporativos, valor 18,8% maior do que os R$ 24,9 mi consumidos ao longo dos 4 anos do mandato presidencial ‘dividido’ por Dilma e Temer”, pontuou a parlamentar em referência a trecho da reportagem do Globo.
Por Christiane Peres
(PL)